domingo 22 de dezembro de 2024
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia na Comissão de Defesa da Democracia — Foto: Agência Senado
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terça-feira 14 de novembro de 2023 às 16:02h

‘Foram dias difíceis’, diz Cármen Lúcia sobre eleição do ano passado

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse de acordo com Bianca Gomes , do O Globo, que a eleição geral do ano passado foi “grave e dificultosa”. Em seminário promovido pelo Estadão nesta terça-feira, a magistrada ainda rebateu críticas de um suposto ativismo judicial e afirmou que a Corte cumpre a Constituição.

— Acham que é fácil a minha vida, por acaso? Lembrar que vou ter uma eleição para presidir o ano que vem de novo, a eleição municipal. Porque a eleição geral foi grave o ano passado. Foi dificultosa, foram dias difíceis, mas não era assim antes e eu espero que não venha a ser de novo — afirmou a ministra.

Repetindo a fala do presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, no painel de segunda-feira, Cármen rebateu as acusações de que o Supremo esteja agindo por ativismo. Segundo ela, a atuação do STF é coerente com o que a Constituição estabelece.

— Somos obrigados a agir e fazer com que a Constituição não seja uma letra escrita num livro que fica numa prateleira — afirmou a vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

No evento, Cármen Lúcia também defendeu a importância da Justiça Eleitoral brasileira, segundo ela vista como um exemplo para muitos lugares do mundo.

— Temos uma vocação democrática que devia ser cada vez mais enfatizada, educada, para que a gente seja não apenas modelo de processo eleitoral, mas sim de modelo de democracia para o mundo — afirmou a ministra, que ainda ressaltou o fato de a maioria da população ter ido às urnas no ano passado, apesar dos questionamentos com o objetivo de “desvalorizar” o processo democrático.

Questionada sobre o fato de ser a única ministra mulher na Corte, Cármen Lúcia afirmou que espera que as mulheres tenham a igualdade de condições não apenas de se fazer representar, mas de se apresentarem para participar de tudo da vida, inclusive a vida política e os espaços de poder.

— E não espero diferente do Poder Judiciário —completou.

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