A ideia de rebaixar a Diretoria de Governança e Conformidade da Petrobras, criada segundo Gustavo Côrtes, Estadão, em 2014 para evitar casos de corrupção como os da Lava Jato, para um cargo executivo fora da administração da estatal foi articulada ainda na transição de governo. Antes mesmo de Jean Paul Prates assumir a presidência da empresa, no fim de janeiro, petistas ofereceram o comando da área a aliados com o aviso de que teriam menos poderes se aceitassem.
Houve pelo menos duas recusas ao convite justamente devido a esta mudança pretendida pelo entorno de Lula. Os cotados temiam a repercussão negativa que o esvaziamento da diretoria provocaria no mercado. A ação, segundo avaliação deles, seria lida como o enterro da área de integridade e controle da companhia.
Conforme mostrou a Coluna, Prates considera que a diretoria é um entulho da Lava Jato e engessa a gestão da empresa. Atualmente, a estrutura pode vetar projetos antes de serem enviados para análise do Conselho de Administração.