Filho do ex-prefeito de São Paulo Bruno Covas, morto em maio de 2021 vítima de um câncer, Tomás Covas rejeita a ideia de disputar uma vaga na Câmara Municipal de São Paulo no ano que vem. Tomás admitiu ao jornal O Globo sondagens do PSDB, que enfrenta dificuldades para montar a chapa de vereadores, mas disse que ainda é cedo para iniciar a carreira política.
— Agora estou focado nos estudos. Acabei de entrar na faculdade de Economia, depois de passar dois anos nos Estados Unidos concluindo o Ensino Médio. Só vou pensar em eleição mais para frente. Quem sabe em 2026 — disse Tomás.
Aos 18 anos, Tomás Covas passou a integrar a comissão provisória municipal do PSDB, liderada por Orlando Faria, ex-secretário de Habitação da capital exonerado pelo prefeito Ricardo Nunes em novembro de 2021. Faria faz parte de um grupo de tucanos críticos à gestão Nunes. Em abril, ele divulgou uma “carta aberta” pedindo para que o prefeito cumprisse o programa de metas de Covas. E, nesta quarta-feira, se reuniu com a pré-candidata e deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP).
A escolha de Faria como presidente interino gerou uma indefinição sobre os planos da sigla para 2024. Até então, o diretório tucano da cidade defendia abertamente o apoio à reeleição do emedebista. Mas o ex-secretário não garante mais esse apoio.
Tomás Covas refuta as acusações de que Nunes não esteja honrando o legado de seu pai e defende que o PSDB caminhe junto com o emedebista no ano que vem. Ele ainda minimiza as críticas de alguns tucanos sobre o fato de o PSDB provavelmente não ter a vice de Nunes — vaga que deve ficar com o PL, que tem como preferida a secretária Sonaira Fernandes.
— A definição de quem será o vice deve ser feita pelo prefeito junto à sua base de partidos. É uma decisão dele, com quem ele consultar, como foi meu pai escolhendo o Ricardo— afirma Tomás.