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Fiat 147 — Foto: Reprodução/Auto Esporte
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segunda-feira 10 de fevereiro de 2025 às 10:03h

Fiat 147 em estado de carro novo pode custar R$ 60 mil

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Fiat 147, além de ser o primeiro carro fabricado no Brasil pela marca italiana em 1976, trouxe muitas inovações. Entre elas, lembramos de um feito histórico da indústria brasileira marcado pelo hatch. Ele foi o primeiro a vir com motor dianteiro transversal.

Os entusiastas acima de 40 anos também hão de lembrar do “cachacinha” de 1979, o primeiro automóvel do mundo produzido em série movido a álcool (na época não se usava o termo etanol). O apelido se deu por conta do cheiro característico vindo do escapamento. Além disso, o subcompacto também inaugurou o segmento das picapes compactas com a 147 Pick-up que já foi assunto desta seção.

O hatch está disponível por quase R$ 60 mil — Foto: HT Imports/@htimportscars
O hatch está disponível por quase R$ 60 mil — Foto: HT Imports/@htimportscars

O Fiat 147 tinha como proposta principal tirar a fiel clientela do veterano Volkswagen Fusca, ainda que seus maiores rivais fossem o Volkswagen Brasília e o Chevrolet Chevette. Seja como for, ele foi, sem dúvidas, bastante revolucionário e, diante disso, a mídia especializada não economizou elogios. Tais fatos resultaram em importantes premiações como “Carro do Ano”, realizado pela revista Autoesporte, em 1978. É desse ano o raro exemplar oferecido pela HT Imports.

O Fiat foi todo restaurado mantendo as características originais, desde a parte mecânica e elétrica até a cor original bege Dolomiti. Por dentro, os confortáveis bancos em veludo com encostos de cabeça nos bancos dianteiros – exclusividade da versão GL – parecem novos.

Bancos têm estofamento de veludo; encostos eram exclusividade da versão GL — Foto: HT Imports/@htimportscars
Bancos têm estofamento de veludo; encostos eram exclusividade da versão GL — Foto: HT Imports/@htimportscars

O mesmo tipo de material ajuda a compor o esmerado acabamento. O painel é simples e traz apenas os ponteiros do velocímetro, do marcador do nível de combustível e da temperatura do líquido de arrefecimento.

O cuidado é tanto que a raridade é mantida com capa de proteção e usada só em ocasiões especiais como convém a qualquer clássico de coleção. Por falar nisso, as merecidas placas pretas, bem como os manuais e todo o histórico de revisões acompanham o veículo. Disponível por R$ 59.900, este Fiat 147 1978/1979 é um fiel representante dos precursores da indústria automobilística nacional a fazer parte da sua coleção.

Cabine foi restaurada e parece de um veículo que acabou de ser produzido — Foto: HT Imports/@htimportscars
Cabine foi restaurada e parece de um veículo que acabou de ser produzido — Foto: HT Imports/@htimportscars

Linha 1978: estreia da versão esportiva Rallye e novo motor

Apesar de apenas dois anos de seu lançamento, o Fiat 147 já dava sinais de que precisava evoluir, principalmente no que dizia respeito ao fraco motor transversal. Movido a gasolina, o quatro cilindros de 1.049 cm³ (batizado de 1.050) rendia apenas 55 cavalos de potência. Foi assim que no ano de 1978, a partir do bloco original, surgiu o 1.297 cm³ (1.300), disponível à esportiva Rallye. Graças ao carburador Weber de corpo duplo, o 1.3 despejava 72 cv a 5.800 giros e 10,8 kgfm de torque a 4 mil rotações, sempre com a ajuda do mesmo câmbio de quatro marchas.

Primeiro automóvel produzido em série movido a álcool foi apelidado de "cachacinha" — Foto: HT Imports/@htimportscars
Primeiro automóvel produzido em série movido a álcool foi apelidado de “cachacinha” — Foto: HT Imports/@htimportscars

1979: o primeiro carro feito em série a álcool do mundo

A partir desse propulsor 1.3, em 1979, surgiu a estreia da opção a álcool, sendo o primeiro carro a álcool do mundo, conforme citado no começo deste artigo. Segundo a Fiat, o 147 “cachacinha” ainda tinha a potência pouco maior que a do similar a gasolina, devido à necessidade de conter o consumo: 62 cavalos brutos contra 61 cv.

Se na potência o ganho era ínfimo, com a taxa de compressão mais alta – 11,2:1 do combustível vegetal, ante a 7,5:1 da opção do lubrificante fóssil – o torque era consideravelmente favorecido. Com isso, ficou em 11,5 kgfm contra 10,8 kgfm, respectivamente. Isso dava ao hatch uma aceleração um pouco melhor que o modelo a gasolina, mas ainda assim, longe de ser um exemplo de agilidade.

Pintura bege foi refeita; rodas são calçadas por pneus radiais — Foto: HT Imports/@htimportscars
Pintura bege foi refeita; rodas são calçadas por pneus radiais — Foto: HT Imports/@htimportscars

De 1979 a 1986, foram comercializadas 536.591 unidades do Fiat 147, sendo que 120.516 unidades, só nas versões com motor a álcool. Ele ajudou a dar vida a outros modelos como a perua Panorama, o sedã Oggi, o furgão Fiorino e a picape que mais tarde ganhou o nome City. Em seu lugar, o Uno dava continuidade aos representantes populares da Fiat.

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