Com presença de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e de outros integrantes do Judiciário, o coquetel de posse de Luís Roberto Barroso como presidente da corte teve ingressos a R$ 500.
Organizada pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), o evento com atrações musicais reuniu advogados, membros do Ministério Público, políticos e jornalistas em uma casa de festas em Brasília.
Foram 1.200 convidados. Até as 23h desta quinta-feira (28), havia 900 pessoas no local.
Além de Barroso e de Edson Fachin (empossado vice-presidente do Supremo), os ministros Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin, Dias Toffoli e Gilmar Mendes participaram da festa.
O concorrido coquetel de posse começou com um show de uma banda de axé. Barroso e os outros ministros circulavam no local tietados pelos demais convidados.
O próprio Barroso chegou a subir ao palco durante apresentação do sambista Diogo Nogueira. O músico foi apresentado pelo ministro como um dos grandes nomes da música popular brasileira e “querido amigo”.
Mais cedo, na cerimônia de posse no plenário do STF, o hino nacional foi interpretado por Maria Bethânia.
A apresentadora Fátima Bernardes foi ao coquetel com o namorado, o deputado Túlio Gadelha (Rede-PE). Antes, ela também esteve na cerimônia de posse do ministro.
Apesar do preço do ingresso, parte dos convidados não precisou pagar.
Barroso sucede a ministra Rosa Weber na presidência do Supremo. Ela completa 75 anos em 2 de outubro e terá de se aposentar. A previsão é de que o ministro fique até 2025 na presidência da corte.
Em seu discurso de posse mais cedo no plenário do STF, Barroso fez acenos a militares e a minorias e pregou a harmonia entre os Poderes. A fala ocorreu em um momento de pressão do Legislativo sobre a corte.
Barroso afirmou ainda que as Forças Armadas não sucumbiram ao golpismo, rebateu a ideia de “ativismo do Judiciário” e defendeu uma pauta progressista, embora tenha rejeitado esse rótulo, dizendo que são “causas da humanidade”.
A cerimônia de posse contou com a presença do presidente Lula (PT) e dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, respectivamente Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Essas autoridades não participaram do jantar organizado pela AMB.
A associação tem tradição de organizar recepções para ocasiões em que ministros do Supremo tomam posse na corte ou na presidência do tribunal.
Em agosto, a AMB organizou a festa em homenagem a Zanin, o ministro mais recente no STF. Assim como na atual ocasião, os convites custaram R$ 500.