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quarta-feira 30 de outubro de 2019 às 13:21h

Fernando Guerreiro disse na CMS que a ideia é construir uma “política que atravesse gestões”

POLÍTICA


Elaborar uma política cultural estruturante para o setor, é a meta do presidente da Fundação Gregório de Mattos, o ator e diretor teatral Fernando Guerreiro. Ele compareceu à Câmara Municipal de Salvador na tarde desta última terça-feira (29), a convite do presidente da Comissão de Cultura, vereador Sílvio Humberto (PSB), para uma reunião ampliada, no Salão Nobre, onde apresentou o Plano Municipal de Cultura e tirou dúvidas dos vereadores. O encontro foi dirigido pelo presidente da Casa, Geraldo Júnior (SD).

O projeto, segundo Guerreiro, vem sendo discutido desde o ano passado, incluindo audiências públicas na Câmara. Quando estiver pronto será apresentado ao prefeito ACM Neto e posteriormente enviado ao Legislativo para tramitação. “Nossa intenção é que seja um Plano de Cultura democrático, que atravesse gestões, e não só para essa administração”, frisou.

Diversidade

O presidente da FGM fez questão de destacar que a cultura está tendo maior visibilidade na atual gestão, por entender a importância que representa para Salvador. A inauguração da nova sede da Fundação, envolvendo recursos da ordem de R$11 milhões, por exemplo, transformou a Praça Castro Alves em um polo aglutinador de eventos, por concentrar diversos espaços culturais. “Vamos mostrar com esse Quarteirão das Artes que é balela essa história de que as pessoas não vêm para o Centro da cidade”, garantiu.

Ele apresentou as quase 30 metas do Plano Municipal de Cultura, ressaltando que entre as preocupações está a de inclusão de crianças e adolescentes. Pontuou também questões como acessibilidade em todos os espaços e eventos; formação e qualificação; festas e festividades; economia criativa; valorização de culturas tradicionais e documentação para resgate da memória cultural da capital baiana.

Guerreiro frisou que o processo de discussão do Plano com a sociedade civil será reforçado pela Câmara durante a tramitação do projeto, com a realização de novas audiências públicas e debates. E se dispôs a comparecer ao legislativo sempre que for preciso para novos esclarecimentos e aprimorar o projeto. Em resposta a questionamentos de vereadores ele concordou que as escolas públicas devem ser utilizadas nos finais de semana como espaços culturais e que é preciso fomentar setores importantes economicamente como o do artesanato.

O vereador Geraldo Júnior parabenizou o presidente da FGM pelo cuidado com que está ouvindo a população para a elaboração do Plano de Cultura, e agradeceu por ter aceito o convite da Casa. Sílvio Humberto também destacou o fato de Fernando Guerreiro encarar a cultura como “um eixo estruturante da cidade”, valorizando a diversidade cultural e reconhecendo a importância das manifestações de raiz africana.

Moisés Rocha (PT), presidente da Comissão de Reparação, observou que a FGM tem uma forte interação com a cultura popular da cidade e classificou o Plano como “extremamente qualificado”. Ele aproveitou para denunciar que a Secretaria de Trabalho, Esporte e Lazer está cobrando taxas até de ensaios de blocos afro e afoxés, o que classificou como “um absurdo” e pediu empenho do presidente da FGM para reverter a situação.

Luiz Carlos (Republicanos) pediu a inclusão no Plano de incentivos à cultura evangélica e Aladilce Souza (PCdoB) defendeu a criação de uma marca que simbolize a diversidade cultural de Salvador. Marta Rodrigues (PT), Marcos Mendes (PSOL) e Odiosvaldo Vigas (PDT) também parabenizaram Guerreiro pelo processo de discussão do Plano e reivindicaram tratamento diferenciado aos artistas locais.

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