terça-feira 8 de outubro de 2024
O prefeito de Salvador Bruno Reis (União Brasil) — Foto: Romildo De Jesus/Ato Press/Agência O Globo
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terça-feira 8 de outubro de 2024 às 06:07h

‘Fazer um bom trabalho me credencia para voos maiores’, diz Bruno Reis

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Reeleito com a maior votação da história de Salvador, Bruno Reis (União Brasil) quer escapar da definição de afilhado político de ACM Neto e já projeta o papel que terá nas eleições de 2026 para o governo da Bahia. Após conquistar 79% dos votos na capital, ele disse ao jornal O Globo que será “peça decisiva” nas articulações do seu grupo político e acrescentou que, na hora certa, almeja “voos maiores”. A aliança liderada pelo prefeito e ACM Neto ambiciona tirar o PT da administração do estado, há quase duas décadas dominada pela frente do senador Jaques Wagner (PT) e do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

Sua votação quebrou o recorde do ex-prefeito ACM Neto em 2016. Isso o credencia a um voo solo?

Já venho fazendo. Cada um tem seu perfil. Neto tem os atributos dele, eu tenho os meus. Nós estamos unidos por um propósito. Somos amigos há mais de 25 anos, e ele é o meu candidato a governador, mas tenho características, história e trabalho próprios. Foi importante ter sido candidato de Neto (em 2020), mas as pessoas não votam duas vezes num candidato a pedido de um líder político. Na segunda, elas querem ver o que você realizou.

O senhor poderia concorrer ao governo da Bahia em 2026, com ACM Neto disputando o Senado?

Desejo concluir meu mandato. Mas não tenho dúvidas que, depois que fizer um grande trabalho como prefeito, isso me credencia, no futuro, no momento certo, para voos maiores.

Mas é natural que seu nome surja para concorrer a governador…

Fico muito feliz. Consolida uma liderança com um jeito próprio de ser. Faço parte de um grupo que saiu fortalecido das urnas no domingo. Um grupo que, sem dúvidas, ainda vai governar o estado. E eu serei uma peça decisiva e importante no jogo sucessório em 2026.

Fugir da polarização entre Lula e Bolsonaro foi um dos caminhos para o bom resultado?

Sem dúvidas. Eu dizia claramente que não era de direita ou de esquerda. A ideologia e princípios partidários não iam resolver os problemas das pessoas, porque não matam a fome de ninguém. A minha bandeira é o trabalho, e a gestão tem resultados. As pessoas aqui foram desassociadas de esquerda ou direita.

O PL fez parte da sua aliança. Esconder o ex-presidente Jair Bolsonaro deu certo, então?

Não escondi nem mostrei ninguém. Eu disse claramente que a minha aliança era com o povo da cidade.

As urnas mostraram avanço dos partidos de centro e de direita. Qual é o recado para a esquerda?

Das 30 maiores cidades da Bahia, nós ganhamos em 22 e fomos ao segundo turno em uma outra importante, Camaçari. É um recado claro ao atual governo (do petista Jerônimo Rodrigues), que ainda não disse a que veio. Há uma frustração da população com o governador.

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