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Nome favorito do presidente Lula da Silva (PT) para assumir o Ministério da Justiça hoje, Ricardo Lewandowski chegou a ser cogitado pelo presidente como opção para o posto na montagem de governo.
Durante a transição, Lula avaliou escolher o, na época, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) para assumir o Ministério da Justiça, mas de acordo com a coluna de Bela Megale, ele desistiu.
Um dos fatores que pesaram para o presidente não levar a ideia adiante era a similaridade que uma eventual ida de Lewandowski para o seu governo poderia ter com a entrada de Sergio Moro na gestão de Jair Bolsonaro. Se o ministro aceitasse o cargo, teria que largar a magistratura para ocupar o ministério, como fez Moro em 2019.
Lewandowski também tinha ressalvas sobre assumir o comando do Ministério da Justiça naquele momento, além de não apresentar interesse em adiantar sua aposentadoria, que se deu em abril de 2023.
Um dos fundamentos que embasaram a decisão do Supremo sobre a parcialidade de Moro na Lava-Jato foi o ex-juiz ter deixado a magistratura para ingressar no governo Bolsonaro. A defesa de Lula apontou que Moro se beneficiou de decisões que deu, ao impedir o petista de concorrer à Presidência no pleito em que o capitão foi eleito.
O cenário de Lewandowski, atualmente, é considerado distinto tanto por ele, quanto por integrantes do governo. A avaliação é que o jurista já está aposentado há oito meses do STF, o que distingue bem sua trajetória em relação à de Moro.
