Conforme pesquisa desenvolvida e divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) com a participação de 1.782 empresas, sete em cada dez indústrias na Bahia e outros estados ressentem-se de maior dificuldade para obtenção de insumos e matérias-primas necessários na produção em fornalhas, linhas de montagem e equipamentos de finalização dos bens.
O setor está reticente em relação à possibilidade de voltar o fornecimento ao volume anterior à pandemia; 37% supõem este retorno nos próximos três meses, 42% acreditam em prazo de seis meses, e 14% formam crença em um ano.
– O desordenamento da economia baixou os estoques – disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.
Para se ter uma ideia da dimensão do problema, dos 26 segmentos pesquisados, 13, ou metade, reduziram a 50% os níveis de insumos.
Ainda segundo a pesquisa, 65% das empresas da indústria geral que necessitam de insumos importados estão com dificuldades para consegui-los, mesmo pagando mais caro. Esse percentual sobe para 79% das empresas no setor de construção, que precisam importar insumos ou matérias-primas.
Inflação
Além do risco para a qualidade do produto final, no caso de faltar ou ter de substituir alguma matéria-prima, a situação pode gerar inflação, devido à maior procura em relação à oferta.
Os empresários têm buscado na comunicação uma saída para reduzir as dificuldades, graças ao contato em rede para buscarem soluções provisórias com empréstimos de insumos por quem tem algum excedente.