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terça-feira 1 de setembro de 2020 às 08:50h

Falecimento de Délio Pinheiro consterna toda Assembleia Legislativa da Bahia

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O generoso e emotivo coração do professor Délio José Ferraz Pinheiro parou na madrugada do último domingo (30), consternando a todos que tiveram o privilégio de conviver com esse intelectual impetuoso, insubmisso, alegre, despojado e curioso. A morte do professor do Instituto de Geociências da Ufba, que, aposentado, elaborou e implementou um programa cultural que publicou mais de 300 livros em seus 14 anos de colaboração como assessor para Assuntos Culturais da Assembleia Legislativa – surpreendeu, chocou e abriu uma lacuna de difícil preenchimento.

Morreu na madrugada deste domingo o escritor e professor Délio Pinheiro

Aos 75 anos, ele continuava em plena atividade, concluindo um livro de contos, organizando outra obra apenas com prefácios – contextualizados – que escreveu e sugerindo todo o tipo de ação aos amigos que cultivou por onde andou. Além de ler, muito, e da eterna luta para arrumar a biblioteca, tarefa que, como Sísifo, nunca concluiu. Parlamentares registraram o falecimento através de moções de pesar, o presidente Nelson Leal, enlutado, escreveu uma nota pessoal, e entidades da área cultural também lastimaram essa perda.

Délio Pinheiro começou a trabalhar na ALBA na gestão do presidente Clóvis Ferraz, em 2005, elevando a esporádica edição de obras raras de uma mera ferramenta de marketing cultural ao patamar de instrumento de política cultural. Foi mentor de um sem número de convênios e parcerias do Parlamento com entidades como Instituto Geográfico e Histórico, universidades Federal da Bahia e Estadual do Sudoeste, Associação Comercial da Bahia, Fundação Casa de Jorge Amado, Instituto Hansen Bahia, Museu Eugênio Teixeira Leal, entre outras.

Com a Academia de Letras da Bahia criou a coleção Mestres da Literatura da Bahia, já em seu 14º volume e selos para o programa ALBA Cultural para publicação de inéditos, para obras resgatadas do esquecimento e para trabalhos acadêmicos. E ampliou para além dos cinco volumes planejados (já foram publicados 46), a coleção Gente da Bahia, que contém perfis biográficos de baianos notáveis.

Em meros 14 anos, Délio José Ferraz Pinheiro, inicialmente tratado pelo funcionalismo do Legislativo como “doutor Délio”, fez-se querido, amado. Deixou saudades e amigos ao sair dois anos atrás. Mas o legado permaneceu, como permanecerá, vivo. O programa ALBA Cultural perdurará. Afinal, como gostava de repetir, parafraseando Monteiro Lobato, “uma nação se faz com homens e livros”.

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