Em 6 de setembro de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro –líder das pesquisas para a Presidência da República– estava em Juiz de Fora (MG) em um ato de campanha. Nos ombros de apoiadores, o pesselista vibrava rodeado de milhares de pessoas.
Uma delas era Adélio Bispo de Oliveira. Formado em pedagogia e ex-filiado ao Psol de 2007 a 2014, ele não foi ao comício para apoiar Bolsonaro. Com uma faca escondida em folhas de jornal, Adélio golpeou a barriga do deputado federal, que foi levado às pressas para o hospital.
Bolsonaro foi operado ainda em Juiz de Fora e posteriormente foi transferido para o hospital Sírio Libanês, em São Paulo. Lá, ficou internado até 29 de setembro e recebeu alta com uma bolsa de colostomia, a qual manteve até janeiro deste ano.
O episódio completa 1 ano nesta sexta-feira (6). Ocorrido um mês antes do 1º turno, ainda não há um consenso se o atentado foi determinante para a eleição de Bolsonaro ou se a ascensão do presidente já era programada.
À época, o cenário eleitoral apontava uma vantagem de 10 pontos percentuais de Bolsonaro –com 22%– sobre Marina Silva e Ciro Gomes, ambos com 12%. Poucos debates tinham sido realizados, mas o pesselista foi constantemente o alvo dos concorrentes, conforme publicou o Poder 360º.