Senador da República foi o primeiro presidente do Brasil eleito por voto direto após a ditadura militar
Em entrevista a Mário Kertész, na Rádio Metrópole, Senador da República e ex-presidente do Brasil, Fernando Collor de Mello (Pros) lembrou das ações que desenvolveu no seu mandato à frente do Palácio do Planalto, entre 1990 e 1992, quando se elegeu com 40 anos, sendo o primeiro presidente eleito por voto direto. Segundo ele, seu governo foi responsável pela abertura comercial do país para o mundo e pela implementação do Sistema Único de Saúde (SUS), fundamental neste momento de combate à pandemia do novo coronavírus.
“Nunca pensei em entrar na política. Pensei que seguiria o sacerdócio. O destino chegou e me conduziu à prefeitura. O partido de meu pai precisava de renovação política, acabei sendo candidato a deputado federal. Então, meu pai ficou muito doente e fui instado a ser candidato a governo e enfim iniciei o governo de Alagoas. Isso colocou meu nome no plano nacional e me elegi contra 22 candidatos, onde pude realizar um trabalho que posso dizer hoje, com distância, um governo que mudou o Brasil, com a abertura comercial, negociação da dívidas, estímulo da pequena e micro empresa, realização da Rio 92, o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Lei Rouanet, abertura comercial para celulares e computadores. Tudo isso em 2 anos e meio de governo”, enumerou.
Collor, criticou o corte de verbas no SUS. “Essa epidemia tem um lado revelante, além da grande tristeza que impõe ao grande número de famílias, tem uma faceta que precisamos exaltar que é o sucesso do SUS, criado pelo Constituinte e coube a mim implantar. É o único do mundo democrático que atende a 100 milhões de pessoas. Há deficiências? há. O SUS em 2021 vai perder R$ 14 bilhões por força da emenda do teto de gastos e ao longo dos últimos 3 anos perdeu R$ 21 bilhões por imposições. Apesar disso tudo, o SUS sobrevive”.