Um ex-policial abriu fogo em uma creche no nordeste da Tailândia e matou 34 pessoas, entre elas seu próprio filho e outras 21 crianças, nesta quinta-feira (6), informou um porta-voz da polícia tailandesa. Entre as vítimas, havia crianças de 2 anos. O caso já é considerado o ataque a tiros mais mortal da história da Tailândia.
Segundo a polícia, o assassino chegou à creche, na cidade de Uthai Sawan, dentro da província de Nong Bua Lamphu, a 500 quilômetros de Bangkok por volta da hora do almoço.
Agitado, ele atropelou funcionários. Depois, desceu do carro, atirou contra outros funcionários e invadiu uma sala trancada onde crianças descansavam, buscando pelo seu filho, que era aluno da creche. Sem encontrar o garoto, ele esfaqueou outras crianças e professores da escola, uma delas grávida de oito meses, de acordo com a polícia tailandesa.
A polícia ainda não tem clara a motivação do crime.
“Ele já estava muito estressado, e, quando não conseguiu encontrar seu filho, começou a atirar”, afirmou o porta-voz da polícia local à rede de TV ThaisPBS.
O assassino foi identificado como o Panya Khamrab, um ex-policial que havia sido dispensado de suas funções há cerca de um ano por envolvimento com drogas. Horas antes do ataque, ele havia comparecido a um tribunal local para responder por uso e posse de narcóticos.
Os investigadores disseram ainda não saber se Khamrab estava sob efeito de algum tipo de droga no momento do crime.
Tiroteios em massa são raros na Tailândia, embora a taxa de posse de armas seja alta em comparação com alguns outros países da região. Nos últimos três anos, apenas um outro episódio do tipo ocorreu no país. Em ambos os casos, os assassinos tinham posse de arma por conta de suas profissões – um era policial e o outro, um soldado.