O presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), estaria disposto a nomear o senador de Mato Grosso Carlos Fávaro para o Ministério da Agricultura.
A ideia é que o parlamentar assuma uma das vagas na Esplanada na cota do PSD, além disso, com a indicação, Lula também pagaria uma espécie de dívida que tem com o senador, considerado um dos poucos a fazer a interlocução do PT com o agronegócio durante a eleição.
No entanto, um dos problemas enfrentados para a nomeação de Fávaro é quanto a sua suplente, que assumirá a vaga no Senado Federal caso ele seja nomeado ministro de Estado. Margareth Buzetti (PP/MT) é considerada bolsonarista e há um temor por parte do governo eleito que ela vote contra as propostas do PT se ficar com a cadeira de senadora.
Para reverter o problema, cogitou-se inclusive que Buzetti assumisse uma secretaria no governo do Mato Grosso, comandado por Mauro Mendes (União), a partir de janeiro. Com isso, a vaga no Senado ficaria com o segundo suplente, José Lacerda (MDB).
No entanto, a CNN informa que uma nova negociação está na mesa. Em busca do cargo de senadora, Margareth Buzetti está negociando mudar de partido. Conversas com o presidente do PSD, Gilberto Kassab, já começaram. Assim, a bancada do partido não perderia um parlamentar no Senado mesmo com a nomeação de Fávaro.
Procurada pela reportagem da CNN, a assessoria de imprensa de Buzetti confirmou a intenção da mudança de partido.
“Ela (Margareth Buzetti) entende que é bom para o Mato Grosso um ministro do estado nesta importante pasta (Ministério da Agricultura). Então, ela está disposta a compor com a base de sustentação do governo do PT, ela não será empecilho para que o Fávaro se torne ministro”, afirmou.