O advogado e ex-chefe da Defesa Civil de Salvador (Codesal), Gustavo Ferraz, teve mais uma conquista sobre o caso envolvendo o ‘bunker de Geddel’, no qual foi absolvido após ter se tornado réu no Supremo Tribunal Federal (STF), na operação Tesouro Perdido, quando a Polícia Federal encontrou suas digitais no dinheiro do ‘bunker’ com R$ 51 milhões, no edifício da Graça, que pertence ao ex-ministro Geddel Vieira Lima.
Nesta última sexta-feira (29), em entrevista publicada no site BNews, ele confirmou que o STF decidiu pela devolução dos bens dele que foram apreendidos na época da prisão e a devolução do pagamento da fiança, paga pela família dele, no valor de R$ 46 mil. “Vão devolver tanto o dinheiro, quanto dois celulares e um computador que apreenderam em minha casa”, afirmou Ferraz. Segundo ele, cada conquista relacionada a este caso siginifica “uma sensação de tranquilidade. Nunca fiz nada errado e sabia que seria inocentado. Continuo caminhando pelas ruas com tranquilidade como uma pessoa do bem faz. Estou cuidando da minha vida”.
Em maio deste ano, Gustavo Ferraz revelou ao site que pretendia abrir um processo contra o Estado por danos morais, “mas meus advogados estão cuidando disso. Estamos esperando a devolução e conclusão deste processo junto ao STF para que possamos decidir o que fazer daqui pra frente”.
O caso
Em 2012, Gustavo Ferraz buscava em São Paulo cerca de R$ 300 mil a mando do ex-ministro Geddel Vieira Lima, quando virou alvo da Polícia Federal e foi preso, no passado. Com a prisão, o ex-coordenado da Defesa Civil de Salvador enfrenta uma dívida de R$ 270 mil com os honorários do advogado que o defendeu das acusações de associação às práticas ilícitas.
Ferraz foi preso em setembro de 2017 e ficou detido 40 dias em Brasília. Depois, cumpriu prisão domiciliar Salvador, antes de ser absolvido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para quitar o saldo devedor, a mãe de Ferraz vendeu um apartamento e ele tomou um empréstimo de R$ 100 mil na Caixa Econômica Federal, que será pago em parcelas de R$ 2 mil no período de oito anos.
Na decisão do STF, viraram réus por lavagem de dinheiro e organização criminosa o ex-ministro Geddel Vieira Lima, que está preso na Papuda, seu irmão, o deputado Lúcio Vieira Lima (MDB) e a mãe deles, Marluce Vieira Lima.
Por Caroline Gois