domingo 22 de dezembro de 2024
A partir da esquerda: a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em Bruxelas / Foto: Kenzo Tribouillard/Reprodução
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terça-feira 15 de junho de 2021 às 16:54h

EUA e UE relançam relação bilateral de olho na China

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Uma cúpula entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e os líderes das instituições europeias relançou as relações transatlânticas, nesta terça-feira (15), com um acordo-chave relativo à disputa comercial entre os gigantes Boeing e Airbus que lhes permite se concentrarem na China.

Biden teve um encontro de pouco mais de duas horas com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e com titular do Conselho Europeu, Charles Michel, em um novo capítulo de uma relação que atravessou momentos de aperto nos últimos anos.

O resultado imediato mais importante da cúpula foi a decisão de estender por cinco anos a suspensão de medidas tarifárias de represálias, em consequência de um interminável conflito comercial entre os gigantes aeronáuticos Boeing e Airbus.

“Boa notícia para nossos viticultores! Com o acordo sobre o litígio Airbus-Boeing definido, as taxas norte-americanas, inclusive sobre o vinho francês, foram suspensas. Esses são os primeiros resultados do nosso novo relacionamento com os Estados Unidos”, tuitou o presidente francês, Emmanuel Macron.

A disputa se arrasta desde 2017, com pesadas tarifas punitivas dos dois lados, mas as partes decidiram tomar um prazo de até cinco anos sem sanções, ou tarifas recíprocas, para encontrar uma solução definitiva.

“Isto realmente abre um novo capítulo em nossa relação, porque passamos da disputa para a cooperação aeronáutica”, afirmou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Biden destacou, por sua vez, que o acordo é “um modelo” que pode ser aplicado a “outros desafios colocados pelo modelo econômico chinês”.

“Concordamos em trabalharmos juntos para desafiar e responder às práticas da China em um setor que dá às companhias chinesas uma vantagem injusta”, frisou o presidente dos EUA.

A representante americana do Comércio (USTR), Katherine Tai, disse que o acordo “resolve um longo fator de irritação na relação entre Estados Unidos e Europa”.

Em março, a UE e o governo americano decidiram suspender a aplicação das tarifas recíprocas até 11 de julho, e agora se preparam para uma trégua de vários anos.

Reação imediata

Em nota, a empresa Airbus saudou o acordo e destacou que “dará bases para criar um cenário nivelado”, acrescentando que as tarifas “se somam aos muitos desafios que a indústria enfrenta”.

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