Entre os penalizados está o ministro da Defesa iraniano, além de envolvidos na produção de drones e mísseis. Objetivo, segundo Washington, é limitar “programas militares desestabilizadores” de Teerã. Os Estados Unidos e o Reino Unido impuseram nesta última quinta-feira (18) sanções contra “o programa de drones, a indústria siderúrgica e as montadoras de automóveis do Irã” após o ataque a Israel, anunciou o Departamento do Tesouro dos EUA. O Irã lançou mais de 350 drones e mísseis contra Israel durante a noite de sábado passado, mas quase todos foram interceptados em voo.
As sanções de Washington têm como alvo “16 indivíduos e duas entidades que possibilitam a produção de drones iranianos”, como os drones Shahed, que foram “usados no ataque de 13 de abril”, acrescentou.
As retaliações de Londres são direcionadas contra “várias organizações militares iranianas, indivíduos e entidades envolvidas na indústria de drones e mísseis balísticos iranianos”. Elas também abrangem três subsidiárias da montadora iraniana Bahman Group e o Ministério da Defesa do Irã.
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse que, com essas novas medidas, seu país continuará a fazer com que o Irã pague por suas ações e garantiu que as sanções têm como objetivo “limitar os programas militares desestabilizadores” da república islâmica.
As medidas de Londres, por sua vez, têm como alvo “várias organizações militares iranianas, indivíduos e entidades envolvidas com as indústrias de drones e mísseis balísticos do Irã”.
“Ato imprudente”
O governo britânico também penalizou 13 indivíduos e entidades no Irã, incluindo o ministro iraniano da Defesa, Mohammad Reza Ashtiani, e o general Gholamali Rashid, das Forças Armadas Iranianas. A esses dois altos funcionários juntam-se cinco outras pessoas ligadas ao setor de defesa do país e a departamentos militares, como o ramo naval da Guarda Revolucionária Iraniana e o quartel de Khatam al Anbiya, comandado por Rashid.
Outros sancionados nessa rodada de penalidades incluem o chefe da Organização das Indústrias Aeroespaciais, Seid Mir Ahmad Nooshin, e quatro colegas, assim como o Centro de Coordenação das Forças Armadas e o quartel-general de Khatemolanbia. “O ataque do regime iraniano a Israel foi um ato imprudente e uma escalada perigosa” do conflito no Oriente Médio, disse o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, em comunicado.
Espera-se que os países do G7 (EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Japão, Itália e Alemanha) exijam punições individuais contra indivíduos envolvidos na cadeia de fornecimento de mísseis e drones para o Irã, de acordo com uma fonte do Ministério das Relações Exteriores da Itália.