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 Bandeiras da China e dos Estados Unidos em Xangai - Foto: Reuters
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segunda-feira 5 de dezembro de 2022 às 08:05h

EUA criticam China por não aceitar vacinas produzidas fora do país

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A diretora da Inteligência Nacional dos Estados Unidos, Avril Haines, disse que o ditador da China, Xi Jinping, se recusa a aceitar vacinas contra a covid-19 produzidas fora do país, o que pode estar contribuindo para a permanência da política de covid zero, que impõe rígidas regras de controle da doença.

Durante o Fórum de Defesa Nacional Reagan, realizado na Califórnia, Avril Haines afirmou que Xi “não está disposto a utilizar vacinas melhores do Ocidente e, em vez disso, se apoia nas vacinas produzidas na China, que simplesmente não são tão eficazes contra a [variante] Ômicron”.

A diretora, no entanto, não mencionou que as vacinas usadas dos Estados Unidos — Pfizer e Moderna — não impedem o contágio e tampouco a mortalidade, uma vez que mesmo com os altos índices de vacinação, a doença continua existindo nos EUA e em todo o Ocidente, e nos EUA, em agosto, mais pessoas vacinadas morreram em decorrência da covid do que não vacinadas.

Ao contrário do Ocidente, a China ainda mantém as fronteiras fechadas a visitantes estrangeiros, obrigando que fiquem em quarentena e se submetam a testes de covid. Internamente, cidades inteiras são confinadas quando um novo caso é detectado e testes em massa são exigidos. Segundo dados oficiais do regime comunista chinês, 90% das população está vacinada contra covid.

Segundo a diretora, as grandes manifestações que tomaram o país no início da semana passada “contrariam a narrativa que Xi Jinping gosta de apresentar, de que a China tem um governo muito mais eficiente”.

Avril afirmou, porém, que não acredita que os protestos contra a política de covid zero possam representar uma abertura política na China, ao menos por ora. “Repito, não é algo que vemos como uma ameaça à estabilidade [do regime comunista] neste momento, ou mudança de regime ou algo assim”, declarou. “Como isso se desenvolverá será importante para a posição de Xi.”

Depois dos protestos, algumas grandes cidades chinesas estão reduzindo os bloqueios para contenção do vírus. Em Urumqi, capital da região de Xinjiang, shopping centers, mercados, restaurantes e outros estabelecimentos serão reabertos a partir desta segunda-feira, 5, após meses de restrições.

Foi nessa cidade que 10 pessoas morreram em um incêndio em edifício e cuja dificuldade para salvamento teria decorrido das restrições da política de covid zero, motivando os protestos pelo país.

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