O vice-governador João Leão (PP) em coletiva de imprensa na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), ele que irá ser governador, com ou sem a renúncia der Rui Costa (PT) de para disputar mandato eletivo em 2022. “Eu vou ser governador da Bahia, meu filho. Pode escrever isso. Se Rui sair, eu serei governador, se Rui não sair eu serei governador da Bahia. Pode ter certeza disso”, declarou.
Nos bastidores, o PP tem cobrado cada vez mais o grupo petista para que o cacique da agremiação – que também é pré-candidato ao governo estadual em 2022 – ocupe o Palácio de Ondina na reta final do governo. “Quando disse oito anos, seis anos atrás que eu seria o vice-governador da Bahia, eu disse que ganharia a eleição em primeiro turno. E agora eu digo novamente: vamos ganhar novamente no primeiro turno”, garante.
Além de Leão, os senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSD) também são pré-candidatos. Questionado sobre uma eventual dobradinha com Otto na majoritária, o pepista exalta a ideia. “Aí seria o céu, eu e Otto juntos…Wagner venha, Rui venha…aí vai vir todo mundo”, bradou. PP, PSD e PT fazem hoje parte da base de sustentação de Rui e Wagner trabalha nos bastidores para manter a trinca em sua própria chapa.
O vice-governador também comentou os rumores de que pode ir para a oposição. Ao ser questionado sobre uma possível aproximação com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, que é o principal pré-candidato ao Governo do campo oposto, Leão nega. “Não tenho nem necessidade de ter conversa com ACM Neto. Eu tenho um lado político, que se chama, Otto Alencar, Jaques Wagner, Rui Costa e João Leão, esse é o meu lado”, disse. Ele ainda ironizou a base de apoio de Neto, que na visão dele seria pequena. ”O problema de ACM Neto é a base. Enquanto o PT está se aproximando de 100 prefeitos, Neto tem menos de 20″.
Sobre o cenário nacional, Leão disse que “ninguém quer uma terceira via” ao comentar a polarização entre o ex-presidente Lula e o presidente Jair Bolsonaro. “Está cedo ainda. No próximo ano vai acontecer isso ou aquilo. [João] Doria não tem musculatura, nem Eduardo Leite. A coisa está polarizada. Vai caminhar muita coisa na frente ainda. [Luiz Inácio] Lula [da Silva] e [Jair] Bolsonaro estarão aí. E não interessa a eles. O PP é independente. Temos todo interesse em manter a atual coligação”, analisou.
O filho de Leão, o deputado federal Cacá Leão, voltou a afirmar no mesmo evento que a candidatura de Jaques Wagner não é uma candidatura do grupo. Ele já havia feito essa afirmação em uma entrevista à Tribuna na semana retrasada. “O que eu disse, continuo dizendo ainda. A candidatura de Wagner pertence ao PT. Ela pode se tornar a candidatura do grupo. Mas isso pode ser em outro momento. No momento a gente está ainda em fase de diálogo, em fase de discussão”, contou.
“Esse processo vai se afunilar lá na frente. Mas esse é um momento dos partidos construírem o seu espaço e o seu tamanho. É isso que o nosso partido tem feito com a candidatura do vice-governador João Leão, é isso que o PSD tem feito com a candidatura de Otto Alencar e o PT tem feito com a candidatura de Jaques Wagner”, acrescentou.