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segunda-feira 26 de dezembro de 2022 às 11:49h

ESG é padrão na mineração baiana

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Mudanças climáticas, de matriz energética e descarbonização. 2022, sem dúvidas, foi um ano em que a importância da sustentabilidade ficou ainda mais evidente em todo o mundo. O tema é uma das bandeiras do famoso ESG (governança ambiental, social e corporativa), que está presente, atualmente, nas grandes empresas do mundo, principalmente no setor mineral. Na Bahia, as empresas de mineração seguem na vanguarda, promovendo o desenvolvimento socioeconômico das regiões onde estão inseridas, sem esquecer destes três pilares citados.

Recentemente, com o intuito de evidenciar essas ações, a WWI Brasil lançou mais uma edição do Informe de Sustentabilidade na Mineração. Intitulado CBPM 50 Anos – Informe 2022, o material faz uma homenagem aos 50 anos de fundação da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), comemorado no mês de dezembro.

A publicação conta com apoio da CBPM, apresentado pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e a Secretaria de Meio Ambiente do Estado da Bahia (Sema-BA), traz importantes realizações sustentáveis das empresas minerárias do estado, como Appian Capital, Bamin, Ero Brasil, Ferbasa, Galvani, Largo, RHI Magnesita, Tombador Iron e Yamana Gold, além de Cooperativa de Garimpeiros e a Mineragro, focada no uso de rejeitos minerais para a agricultura.

“Operando em ODS 17, o WWI junta neste informe a inteligência nova dos entes públicos e das mineradoras, articulando redes sobre redes, difundindo o conhecimento da Governança Socioeconômica e Ambiental e incentivando a economia circular e criativa”, destaca Eduardo Athayde, diretor do WWI no Brasil.

Para o presidente da CBPM, Antonio Carlos Tramm, as empresas minerárias da Bahia, além de produzirem mais e melhor, estão mostrando a força do seu papel social. “O setor mineral baiano, adotando os ODS/ESG, mostra o trabalho intenso que vem sendo realizado nas comunidades, apoiando escolas, cooperativas, produção de alimentos e esportes, além de pagar salários melhores que a média local e usar mão de obra da região, fortalecendo a economia municipal, melhorando a qualidade de vida da população e a preservação do ambiente saudável”, diz Tramm.

Aproveitamento de Resíduos

Dentre as ações destacadas no relatório estão os estudos para o aproveitamento de resíduos da mineração. A Ero Brasil Caraíba, produtora de cobre nos municípios de Jaguarari, Juazeiro e Curaçá, é uma das empresas que está apostando nessa nova iniciativa, que pode minimizar a dependência brasileira da importação de fertilizantes, além de ampliar a cadeia produtiva da mineração.

Conforme informações divulgadas pela Ero Brasil Caraíba, o projeto será realizado em parceria com a Universidade Federal Do Vale do São Francisco (Univasf). Com isso, adicionalmente ao benefício agrícola e ambiental, este projeto promove interação entre a academia e a iniciativa privada do setor mineral, contribuindo para a formação profissional e conscientização da sociedade sobre a importância da mineração integrada aos ODS.

Outra empresa que está atenta ao aproveitamento de resíduos da mineração é a Largo, produtora de vanádio no município de Maracás. A empresa tem dois projetos em fase implantação na Bahia: a produção de ilmenita em Maracás, no Centro-Sul do estado, e de pigmento de titânio no Polo Industrial de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. A ilmenita é usada em indústrias de pigmentos, ligas metálicas e proteção do revestimento de alto forno. Já o pigmento de titânio é usado na indústria química, em tintas, revestimentos, plásticos, papel, tintas, fibras, alimentos, cosméticos, entre outros.

Conforme dados divulgados no Informe de Sustentabilidade, a empresa recentemente firmou parceria com o Senai-Cimatec da Bahia para o desenvolvimento de rota tecnológica para obtenção de subprodutos a partir desse rejeito. O projeto conta com a participação de especialistas das áreas química e metalúrgica e inclui estudos de simulação computacional, bem como testes em escala de bancada e piloto.

Aproveitamento de resíduo será plano de governo

A CBPM, no último ano, realizou diversos debates em torno desse tema devido às possibilidades de ampliação do desenvolvimento sustentável da Bahia, com aproveitamento das potencialidades referentes à diversidade mineral e ao campo da pesquisa que o estado possui. Além disso, a empresa assumiu o compromisso de participar de um plano de governo da gestão de resíduos minerais a ser tocado pelo Governo da Bahia, através de uma comissão formada pela própria CBPM e pelas secretarias Planejamento (Seplan) e Desenvolvimento Econômico (SDE).

Um estudo também será realizado a pedido da Secretaria do Planejamento que irá escutar o próprio governo, bem como a sociedade civil e o setor produtivo. O documento será um instrumento para ajudar a viabilizar a recolocação da economia baiana num caminho de crescimento, atendendo, ainda, a parâmetros de sustentabilidade ambiental e inclusão social.

“Muito além de seguir os preceitos da sustentabilidade, que é parte da agenda internacional e considerada como questão de competitividade, o aproveitamento de rejeitos é consequência de avanços científicos e tecnológicos. A nossa expectativa é grande para a criação de novos negócios, geração de postos de trabalho e renda, a partir das diversificações nas produções”, diz Antonio Carlos Tramm, presidente da CBPM.

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