No dia 8 de agosto, conforme o BNews, irão a júri popular os envolvidos no caso da fisioterapeuta e ex-candidata a vereadora de Salvador pelo Progressistas, Isabela Oliveira Conde, de 37 anos, que levou 68 facadas numa tentativa de feminicídio, em fevereiro de 2019. A vítima precisou se fingir de morta para sobreviver ao ataque.
O ex-namorado dela, identificado como Fábio Barbosa Vieira, foi apontado como o mandante do crime, cometido por dois comparsas, Alex Pereira dos Santos e Adriano Santos de Jesus.
O advogado criminalista Levy Moscovits, que representa a vítima, explica que o júri popular é a última fase do processo no qual os réus serão submetidos ao julgamento, no Fórum Ruy Barbosa. Na ocasião, serão ouvidos a fisioterapeuta e testemunhas. Já os réus serão interrogados. Ao final, após manifestação da defesa e da acusação, o júri irá se reunir para decidir o futuro dos acusados.
“Os réus estão sendo acusados de tentativa de feminicídio. No crime, foram apontadas três pessoas, mas somente duas foram identificadas corretamente pela polícia. Uma pessoa ainda está foragida”, ressalta Moscovits.
Isabela Conde conta que a agressão ocorreu após ela querer terminar o relacionamento. “Quero que o meu caso venha a ser um exemplo para outras mulheres para que elas se estimulem a denunciar, para que se estimulem a estar em vida com a sensação de um o pouco de paz, porque não tem um dia na minha vida em que eu não me lembre da agressão do ano de 2019. Jamais uma mulher violentada esquece que foi violentada”, afirma a fisioterapeuta.
Ataque
A vítima foi atacada na quinta-feira de carnaval, após deixar o expediente em um hospital da capital baiana e aceitar uma carona do ex-namorado, que foi buscá-la na companhia dos dois comparsas.
Em um determinado momento da viagem, enquanto passavam pela Avenida Bonocô, a fisioterapeuta foi surpreendida pelos dois homens, que estavam no banco de trás do veículo.
Após se fingir de morta, Isabela foi jogada em uma área de mata da BR-324, no trecho do município de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador (RMS). Ela foi socorrida por pessoas que passavam pelo local e levada para o Hospital do Subúrbio, na capital baiana.
Fisioterapeuta que sobreviveu a 68 facadas apresenta projetos como candidata
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