sexta-feira 3 de maio de 2024
Mesmo com a entrada do Progressistas no governo, o novo líder do partido na Câmara, Dr. Luizinho, disse em entrevista a Fernanda Alves, que o PP seguirá respeitando a independência dos parlamentares nas votações. Após ser secretário estadual de Saúde da gestão Cláudio Castro (PL) no Rio de Janeiro, ele não descarta ser candidato à prefeitura da capital fluminense em 2024.
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domingo 17 de setembro de 2023 às 17:31h

Entrevista: ‘Atuação será independente, mas de colaboração com o governo’, diz Dr. Luizinho, novo líder do PP na Câmara

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Mesmo com a entrada do Progressistas no governo, o novo líder do partido na Câmara, Dr. Luizinho, disse em entrevista a Fernanda Alves, que o PP seguirá respeitando a independência dos parlamentares nas votações. Após ser secretário estadual de Saúde da gestão Cláudio Castro (PL) no Rio de Janeiro, ele não descarta ser candidato à prefeitura da capital fluminense em 2024.

Como a entrada do Centrão no primeiro escalão do governo vai refletir no comportamento do PP na Câmara?

O PP tem na sua bancada de Norte e Nordeste políticos que apoiaram o presidente Lula já na eleição e, no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, a maioria votou no presidente Bolsonaro. O nosso partido tem essa divisão interna e precisa ter equilíbrio.

Como o senhor vai atuar entre Arthur Lira e Ciro Nogueira, que algumas vezes têm interesses divergentes?

Tenho relação de confiança com os dois, nosso convívio e amizade são muito grandes. Eles sempre serão ouvidos no conjunto de decisões, mas respeitando a independência dos parlamentares. Toda vez que o interesse não for convergente, a gente vai trazer para a bancada, que será ouvida.

O senhor substituiu o André Fufuca, um dos homens de confiança do presidente da Câmara. Também irá integrar a “tropa de choque do Lira”?

Sou da tropa de choque do Progressistas, agora sou quem está na frente, colocando a cara. Só faço parte dessa tropa. O Arthur Lira e o Ciro Nogueira são do Progressistas também, somos os três da mesma tropa.

Mas sua postura como líder será governista ou de oposição?

Minha atuação será independente, mas o espírito é de colaboração com o governo e com o Brasil. Uma independência com diálogo. Minha missão é entender o movimento da bancada como um todo. A única coisa que o partido sempre pediu foi para que os deputados colocassem as posições de forma clara, para sabermos quantos votos serão. Existem posições aqui praticamente fechadas no partido, até mesmo contrárias ao governo, como é o caso da contribuição sindical obrigatória.

E propostas como taxação de rendimentos no exterior e dos fundos exclusivos, defendidas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad? O partido votaria a favor?

O Brasil aumentou suas despesas obrigatórias, com a ampliação do Bolsa Família e o piso nacional da enfermagem, por exemplo, e vai precisar melhorar sua arrecadação. A gente tem que olhar para quem mais pode contribuir, não pode aumentar a carga tributária do setor produtivo ou do trabalhador. Só vamos precisar entender o que isso pode gerar de fuga de capital.

A mudança no ministério vai significar mais votos para pautas favoráveis ao governo?

Com a posse do André Fufuca, nosso diálogo com o governo é ampliado e melhorado. Deputados que queriam ser independentes, se sentiram contemplados e acredito que irá ter no partido uma maioria votando com o governo, mas preservando a independência de quem quer votar contra.

O PP segue negociando com o governo. Quais os cargos o partido quer na Caixa? A legenda segue também de olho na Saúde, que era um desejo do Arthur Lira?

As negociações sobre a Caixa estavam sendo conduzidas pelo antigo líder Fufuca e estou tomando pé dos pleitos. Mas no Ministério da Saúde, tenho uma amizade pessoal com a ministra Nísia (Trindade). É uma pessoa que eu respeito, gosto e que tem 100% do meu apoio. Sou a favor da permanência dela no posto. Ninguém vai esperar de mim um ato de deslealdade para nada, muito menos para ser ministro. Meu foco aqui é ser líder do PP, tenho zero de pensamento em ministério.

Mas, no futuro, é um sonho?

Fui secretário municipal e de estado de Saúde, fiz faculdade de Medicina com bolsa de estudos. Se algum dia eu tiver a oportunidade de ser ministro da Saúde, até saio da política para me dedicar exclusivamente a isso.

O senhor era um dos nomes apontados para a disputa da prefeitura do Rio em 2024. Será candidato?

Como secretário de estado de Saúde falei que não ia falar de eleições, mas voltando para minha função política e, com muito respeito ao prefeito Eduardo Paes, nós vamos conversar para entender se efetivamente vamos ter a candidatura. Daqui a 10 ou 15 dias, vou ter uma posição mais clara, mas existe a possibilidade.

Sendo o candidato do governador Cláudio Castro (PL), não seria um constrangimento para o PP, que agora integra o governo Lula, ter uma chapa junto pelo PL, de Jair Bolsonaro?

Somos um partido independente e de centro. Fazer alianças com o PL, União Brasil, MDB e Republicanos é até prioritário. Nossa atuação no parlamento vai estar muito separada das eleições municipais.

Mas então teria o ex-presidente em seu palanque?

O apoio do presidente Bolsonaro é extremamente importante. Mas acho que o que vai prevalecer na eleição serão os problemas da cidade. Todo o tipo de apoio é válido, mas ainda não estou nesse momento. Quando chegar mais próximo a gente vai entender.

Quando estava à frente da secretaria de Saúde do Rio foram abertas investigações contra Rafael Bittencourt Licurci, ligado a empresas de saúde com contratos com órgãos públicos, e seu amigo. Caso sejam comprovadas irregularidades, pode respingar na sua gestão?

Ele é um amigo, trabalhou comigo. Tenho uma relação pessoal com ele, mas nenhuma das irregularidades colocadas tem relação com a Secretaria Estadual de Saúde. Estou tranquilo e espero que ele tenha a chance de se defender.

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