Com a propagação de influenciadores digitais dando dicas sobre dinheiro e produtos financeiros, a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) definiu novas regras que responsabilizam as instituições financeiras por eventuais postagens de seus influenciadores digitais que possam induzir o público ao erro. O objetivo é aumentar a transparência e a responsabilidade dos financiadores das publicidades digitais.
A partir de agora, toda publicação precisa ter contrato, que deve determinar ao influenciador a obrigação de sinalizar, de forma clara, que se trata de uma publicidade sobre produtos ou serviços financeiros. As instituições serão corresponsáveis por qualquer judicialização ou erro na mensagem passada. Também ficou determinado que o influenciador, ao vender um produto, tenha a certificação e a autorização necessárias para falar sobre o assunto.
Rubens Malta, professor de economia e especializado em produtos digitais, afirmou que a regulação demorou a ser aprovada. “Com a responsabilização do contratante haverá um cuidado maior com a mensagem passada”, disse.
Segundo a Anbima, a força on-line e a forte influência das personalidades digitais podem induzir o seguidor ao erro, o que exige, por parte do contratante, um acompanhamento de longo prazo sobre os desdobramentos da publicidade nas redes digitais mesmo após o dia da divulgação.