Após quatro anos fechado, o edifício sede da Petrobras,aem Salvador, o Torre Pituba, foi ocupado, na manhã desta sexta-feira (6), por centenas de pessoas, convocadas pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e Sindipetro Bahia para lutarem em defesa das Estatais e reconstrução da empresa. O ato, que deu seguimento às comemorações pelos 70 anos da Petrobrás, contou com a participação da classe petroleira, autoridades e movimentos sociais e sindicais de todo o Brasil.
Em seu discurso, o coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, fez um pedido de união e força para a categoria seguir lutando.
“O pensamento do momento é a reconstrução da Petrobrás. Momento difícil após o desmanche que o governo Bolsonaro fez com a estatal. É importante lembrar que estamos aqui comemorando a vitória de 70 anos desta empresa, mas não podemos esquecer que o momento ainda é de luta. Ressalto que o governo anterior vendeu 68 ativos estratégicos da Petrobras, sem contar os quatro anos em que a sede esteve fechada, causando a transferência de muitos trabalhadores de forma arbitrária”, destacou.
Referindo-se à eleição do presidente Lula, Bacelar falou da importância de o país ter um governo aliado:
“O presidente Lula me disse que não quer tapinhas nas costas, ele quer ver o povo nas ruas protestando pelos seus direitos, e aqui estamos nós. Já vemos sinais de retomada e de fortalecimento para a Petrobras, como a exclusão de empresas do Programa Nacional de Desestatização”.
Durante o ato, a classe petroleira defendeu a reestatização da antiga refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, – atual Refinaria Mataripe, privatizada no governo Bolsonaro; e a expansão da capacidade de refino no Brasil, como forma de reduzir a dependência dos combustíveis importados.
Ao longo desses 70 anos, a Petrobras, que nasceu na Bahia, com a criação da primeira refinaria, impulsionou o desenvolvimento econômico e social do país, investiu em cultura, em pesquisa e desenvolvimento, e foi pioneira na exploração de petróleo em águas profundas. Bacelar enfatizou que, apesar dos ataques sofridos por governos anteriores, a Petrobras resistiu e volta com fôlego para seguir sua trajetória estratégica de maior empresa do Brasil, com a valorização de seus empregados e a retomada de concursos públicos para ocupação de novos postos de trabalho exigidos pelo crescimento.