Dois dias depois de empossada a nova mesa diretora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), a Diretoria da OAB-BA se reuniu com o novo presidente do TJ-BA, desembargador Lourival Trindade, para lhe apresentar os principais pleitos da advocacia referentes ao Judiciário baiano.
O encontro aconteceu nesta última quarta-feira (5) pela manhã, na sede do tribunal, no Centro Administrativo da Bahia, e contou com as presenças do presidente da Ordem, Fabrício Castro, da vice-presidente, Ana Patrícia, da secretária-geral, Marilda Sampaio, do secretário adjunto, Maurício Leahy, e do tesoureiro, Hermes Hilarião, além do desembargador Sérgio Cafezeiro.
Ao abrir o encontro, Fabrício disse que o objetivo da seccional é construir. “É evidente que, no meio do caminho, existirão divergências, mas as resolveremos sempre com muita franqueza e lealdade. A gente sabe que não é fácil mudar uma história em dois anos, mas a Bahia tem muita gente que quer fazer essa transformação. E o senhor conta com a Ordem para fazer as mudanças necessárias”, destacou.
Ainda em sua fala, o presidente da OAB-BA levantou alguns problemas da Justiça baiana que preocupam a advocacia, como a falta de juiz, o fechamento de comarcas e a ineficiência no 1º grau. “Não somos contra o fortalecimento do 2º grau, mas temos a expectativa de que o número de desembargadores não aumente enquanto o problema do 1º grau não for resolvido por completo”, explicou.
Em resposta aos pleitos, o desembargador Lourival Trindade, que ingressou no TJ-BA pelo Quinto Constitucional da Advocacia, disse que sua “prioridade é o 1º grau”. “Sei que vou me deparar com muita pressão, mas isso não fará com que eu mude a rota do que considero o caminho retilíneo da administração pública. É claro que não sou autoritário e vou conversar com todos os colegas”, disse.
O presidente do TJ-BA explicou, entretanto, que, apesar de priorizar a nomeação de juízes, não irá relegar o 2º grau. “Tenho que administrar o Poder Judiciário em abrangência. E uma coisa não exclui a outra. Agora eu vou dizer o momento em que vou fazer. Primeiro vou olhar para o 1º grau do interior. A Justiça tem que ir aonde o povo está”, completou.
Lourival disse, inclusive, que já começou a nomear alguns juízes conciliadores e que não vai parar por aí. “Vamos nomear mais juízes. Estamos aguardando o final do concurso. Torço para que não tenha nenhuma impugnação. De abril a junho, nós vamos nomear as 50 primeiras vagas e ir aguardando a reserva para, de acordo com o orçamento, continuar a nomear”, afirmou.
O presidente do TJ-BA também se comprometeu a avaliar a criação de um espaço maior no prédio principal do tribunal para abrigar a Sala dos Advogados, vagas para a advocacia no estacionamento do TJ-BA e um terminal para os advogados acompanharem os processos na sala das sessões.
Ficou agendada, ainda, uma próxima reunião do desembargador com o Colégio de Presidentes da OAB-BA para o dia 14/02, às 9h.