Após muitas idas e vindas, o projeto de reajuste do salário dos servidores públicos baianos finalmente foi aprovado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Durante a sessão plenária desta terça-feira (28), os deputados foram favoráveis ao reajuste salarial linear de 4% proposto pelo governo de Jerônimo Rodrigues (PT).
Inclusive, mesmo após ser adiado na semana passada, havia chance do projeto nem ser pautado hoje. Porém, mais cedo, um almoço organizado pelo líder do governo na AL-BA, Rosemberg Pinto (PT) tratou incluiu o item na pauta desta terça, que também contou com a votação do empréstimo de US$ 400 milhões (cerca de R$ 2 bilhões).
Durante a sessão, Rosemberg e o presidente da AL-BA, Adolfo Menezes (PSD), foram vaiados várias vezes em seus discursos. Apesar da aprovação, o reajuste não agradou aos servidores, que exigiam um acréscimo de 10%, e direcionaram muitos xingamentos em direção aos deputados da ala do governo.
Na contramão, o deputado do bloco independente Hilton Coelho (PSOL) foi ovacionado ao defender que o PL não deveria ser votado hoje e que é preciso amadurecer a discussão. Manifestantes gritam que “não vai ter arrego. Ou dá 10%, ou não vai ter sossego!”.
A proposta enviada pelo Executivo prevê reajuste linear de 4%. A ideia é que 2% sejam concedidos a partir de 1º de maio de 2024 e 2% a partir de 31 de agosto de 2024, para todos os servidores ativos e inativos.
Segundo previsão do governo, o reajuste previsto produzirá um acréscimo na despesa de pessoal para o exercício de 2024 no valor estimado de R$ 463,7 milhões. “Já para os anos de 2025 e 2026, o acréscimo de despesa será de R$890.620.551,00, cada ano”, diz trecho da mensagem enviada pelo governador.