Nos últimos dias, o apoio do bilionário Elon Musk à candidatura de Donald Trump ficou evidente. Após elogiar a escolha do senador J.D. Vance como candidato a vice na chapa republicana, o empresário foi além e anunciou que pretende fazer doações milionárias para a campanha.
Musk planeja destinar cerca de US$ 45 milhões por mês, aproximadamente R$ 245 milhões na cotação atual do dólar. A informação foi divulgada nesta terça-feira (16) pelo jornal Wall Street Journal.
Segundo a publicação, as doações do empresário — dono da Tesla, SpaceX e do X (antigo Twitter) — serão destinadas a um grupo político chamado America PAC, que se dedica à promoção do registro de eleitores, do voto antecipado e por correio entre moradores de estados decisivos nas eleições dos Estados Unidos.
Com essa quantia, Musk se torna um dos principais doadores do novo fundo. Além dele, estão na lista o cofundador da Palantir, Joe Lonsdale; os investidores em criptomoedas Tyler e Cameron Winklevoss; e a ex-embaixadora dos EUA no Canadá Kelly Craft.
O bilionário tem demonstrado apoio a Donald Trump na internet. As publicações se tornaram mais frequentes após o atentado a tiros sofrido pelo candidato republicano no sábado (13/7), durante um comício eleitoral na Pensilvânia.
Nessa segunda-feira (15/7), após a escolha de J.D. Vance como candidato a vice ao lado de Trump, o dono do X escreveu: “Excelente decisão”. Esse posicionamento claro do empresário gerou certo estranhamento no setor de tecnologia, pois rompe, de certa forma, com a suposta imparcialidade dos líderes de empresas de mídia social.
Um comparativo imediato, nesse caso, é Mark Zuckerberg, fundador da Meta, grupo que detém o Facebook, Instagram e WhatsApp. Ele raramente publica algo sobre política e prefere se manter distante do cenário polarizado. No caso de Musk, no entanto, especialistas consideram o posicionamento como algo que já era esperado.