Candidato a suceder Arthur Lira (PP-AL) em fevereiro do próximo ano, Elmar Nascimento (União Brasil) fez um movimento de acordo com Robson Bonin, da coluna Radar, que, acredita, mudará os rumos da eleição na Câmara dos Deputados.
Ele pediu a Lula que o governo fique fora da disputa, não tomando partido na briga de candidatos, mas que o PT escolha um lado na guerra aberta após Marcos Pereira desistir e declarar apoio a Hugo Motta, num movimento abençoado por Lira.
Elmar fez as contas com aliados e tem certeza de que o petismo não irá com Motta e Lira. Conhecido como “cria de Eduardo Cunha”, Motta foi lançado ao centro do palco pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI), um dos mais fieis aliados de Jair Bolsonaro (PL).
Motta tem o apoio do PL, mas pode enfrentar problemas para unir petistas e bolsonaristas em sua canoa, diz o colunista. Os dois lados brigam pela vice-presidência da Casa e é aí que Elmar aposta na debandada petista.
O deputado do União Brasil tem um acordo com o PSD de Gilberto Kassab, a determinação de quem foi traído por Lira e a promessa de apoio de muitos no PT.
Como o movimento é de focar nas eleições municipais, Elmar já se considera ainda segundo a Veja, um vitorioso por ter esmagado o otimismo prematuro surgido entre aliados de Hugo Motta, quando a candidatura dele foi levada ao centro do palco. Ciente de que a conta não fecha para Motta e Lira, o baiano Elmar Nascimento, garante um aliado, vai jogar parado.
“O tempo joga a nosso favor. Lira perdeu a articulação do Elmar e de Gilberto Kassab. Ficará sozinho com o bolsonarismo”, diz um deputado.