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quarta-feira 18 de outubro de 2023 às 08:00h

Eletronuclear, Semove, IPP, iCS, EPE, universidades e governo debatem hoje na Firjan o futuro da Energia

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8ª Conferência Cidades Verdes tem entrada grátis e reúne gestores e especialistas em transição energética

O segundo dia da 8ª Conferência Cidades Verdes, cujo tema é “O Futuro da Água e da Energia nas Cidades Sustentáveis”, reúne nesta quarta-feira, 18 de outubro, 20 especialistas e gestores no Rio de Janeiro em torno do desafio da transição energética. A redução de carbono na mobilidade urbana é um dos temas centrais. Serão quatro mesas de debates, entre 9h30m e 17h, no Centro de Convenções Firjan (Avenida Graça Aranha 1). As inscrições são gratuitas.

O presidente da Eletronuclear, Eduardo Grand Court, estará na abertura do evento com o diretor-executivo do Instituto Onda Azul, André Esteves, o presidente do Conselho Empresarial de Infraestrutura de Meio Ambiente da Firjan, Isaac Plachta, a socióloga e pesquisadora da UFRJ Aspásia Camargo e Richele Cabral, diretora de Mobilidade da Semove (Federação das Empresas de Mobilidade do Rio de Janeiro).

A revolução do hidrogênio verde

O primeiro painel será “Hidrogênio Verde: podemos esperar uma revolução?”. O engenheiro Nelri Ferreira Leite, responsável pelo Projeto de Hidrogênio da Eletronuclear, debaterá o tema com especialistas de universidades federais, na mesa que terá como mediadora a jornalista Amelia Gonzalez, do Blog Ser Sustentável. O futuro dos transportes na redução das emissões de carbono será o tema da segunda mesa, com representantes da Semove, da Prefeitura do Rio, da Firjan e da Coppe/UFRJ e mediação de Agostinho Vieira, editor do Projeto Colabora.

O terceiro painel, Transição Energética, terá o coordenador sênior de Energia no Instituto Clima e Sociedade, Roberto Kishinami, o coordenador de Desenvolvimento Socioeconômico do Instituto Pereira Passos, Henrique Silveira, a professora Amanda Schutze (FGV Clima) e Andrea Lopes, especialista em Sustentabilidade da Firjan. A última mesa será sobre Financiamento Energético, com representantes da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), da UFRJ e do governo estadual. O encerramento da Conferência será feita por Ilan Cuperstein, diretor para a América Latina do C-40, apoiador do evento. A programação completa e o formulário de inscrição estão em www.inscricoescidadesverdes.eco.br.

Besserman: “Estamos perdendo feio. Tudo que foi feito é pouco”

O primeiro dia do Seminário, nesta terça-feira 17/10, foi voltado para o tema da água e marcado por alertas contundentes sobre as mudanças climáticas, feitos principalmente pelo vice-governador, Thiago Pampolha. Ele disse que a seca na Amazônia deve ser observada com atenção pelo Rio de Janeiro, apesar do enorme potencial hídrico e de reservas naturais do Estado. Se nada for feito diante das mudanças climáticas, segundo Pampolha, “nossos dias estão contados, estão caminhando para o fim. É horas de arregaçarmos as mangas e sentarmos todos, governo, iniciativa privada, sociedade civil para nos ouvirmos”. A boa notícia dada pelo vice-governador foi a garantia de que o Rio de Janeiro não terá mais lixões até o fim de 2024, conforme determina o Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

O presidente do Instituto de Pesquisa do Jardim Botânico, Sérgio Besserman, também deu um recado duro sobre mudanças do clima. “Estamos perdendo feio. Tudo que foi feito é pouco, e isso não é julgamento de valor, é métrica muito precisa”, disse ele, citando dados sobre aumento de temperatura em diversas áreas do planeta e indícios de que não será possível evitar a elevação do nível do mar e a falta de água em muitas regiões. Besserman comparou o ser humano a alguém que tenta escapar de um leão forte e faminto nas savanas africanas. “Estamos correndo menos do que o leão”, concluiu.

Segurança hídrica

A segurança hídrica e o desafio da gestão integrada dos recursos permearam os debates no primeiro dia do Cidades Verdes. O presidente da Cedae, Aguinaldo Ballon, destacou a exclusão e a desigualdade social como obstáculos para que se possa pensar em cidades sustentáveis. Para ele, após a concessão dos serviços de distribuição de água e tratamento de esgoto, a Cedae vai produzir cada vez mais água com qualidade e, ao mesmo tempo, adequar sua estrutura às receitas previstas no modelo de concessão. Segundo Ballon, “não faz sentido falar em cidades verdes sem universalização de água e esgoto”. A concessão, para o presidente da Cedae, “visou ao cumprimento do Marco do Saneamento, com regras claras e transparentes na busca da segurança hídrica”.

Ex-presidente da Cedae e diretor da concessionária Iguá, Leonardo Soares ressaltou que os leilões quase dobraram o número de empregos no setor, além de reforçarem os caixas do governo estadual e de prefeituras. O mais importante para o sucesso do modelo, segundo ele, é a transparência das informações, além do respeito aos contratos. Leonardo apontou a falta de segurança como um dos desafios para as obras de saneamento no Estado. “Tem áreas em que a milícia não deixa entrar, em outras é o tráfico. Se tentarmos negociar para fazer determinado investimento, vai dar errado, como já deu antes. Tem que repensar, trazer as melhores cabeças para repensar isso.”

Na mesa seguinte, a professora da UFRJ Estela Neves também ressaltou o estado de emergência climática em que o mundo está mergulhado, em crise ambiental e hídrica. No entanto, disse ela, temos também outra crise muito difícil de enfrentar: a crise da paz. Neves contou que recentemente foram encontradas em um lago do Canadá evidências de que estamos na era Antropoceno (caracterizada pelo reflexo das atividades humanas no meio ambiente): “As evidências foram o plutônio encontrado no lago. E o plutônio encontrado ali foi emanado da detonação das bombas de Hiroshima e Nagasaki”, concluiu ela.

A programação completa e o formulário de inscrição (gratuita) estão no site https://www.inscricoescidadesverdes.eco.br/

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