Em levantamento publicado pelo Bahia Notícias, 17 candidatos a vereador em Salvador receberam, cada, mais de R$ 100 mil para suas respectivas campanhas. Curiosamente, dez deles – a maior parte desta lista – ainda não ocupa uma cadeira na Câmara Municipal da capital baiana. Os dados foram retirados a partir de informações disponibilizadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O líder da lista é o ex-secretário municipal de Trabalho, Esportes e Lazer (Semtel) Alberto Pimentel, do PSL, partido que não possui atualmente nenhum vereador na Casa. Ele é um dos apoiadores do candidato Bruno Reis (DEM) à prefeitura. Até agora, Pimentel declarou ter recebido R$ 357 mil, dos quais 98,04% oriundos do fundo eleitoral e 1,96% do fundo partidário.
O segundo na lista é o presidente da Câmara, Geraldo Jr. (MDB), que recebeu recursos na ordem de R$ 352.750 – 25,5% do fundo eleitoral e o restante de doações de pessoas físicas.
Fecha o pódio o ex-deputado federal Irmão Lázaro (PL), que mudou o domicílio eleitoral de Feira de Santana para Salvador neste ano. Até o momento, ele recebeu R$ 340 mil, oriundos exclusivamente do fundo eleitoral.
Abaixo de Lázaro, vem outro nome que não é vereador: Rivailton (PTC), que recebeu R$ 200 mil do fundo eleitoral. Ele é seguido por Alexandre Aleluia (DEM), cujas receitas somam R$ 190,5 mil.
Os outros candidatos que receberam mais de R$ 100 mil são os seguintes: Marcelle Moraes, do DEM (R$ 183.900); Silvio Humberto, do PSB (R$ 175.699,91); Edvaldo Brito, do PSD (160 mil); André Fraga, do PV (R$ 143.250); Cris Correia, do PSDB (R$ 139 mil); Duda Sanches, do DEM (R$ 131.400); Marta Rodrigues, do PT (R$ 121.100); Fábio Nogueira, do PSOL (R$ 119.771,39); Maria Quitéria, do Avante (R$ 118.650); Laina Crisóstomo por Salvador, do PSOL (R$ 112.565,28); Ricardo Almeida, do PSC (R$ 106.911,16); e Priscila Chammas, do Novo (R$ 101.437,21).
Chama atenção na lista a presença de dois candidatos do PSOL que não são vereadores atualmente – Fábio Nogueira e Laina Crisóstomo. Ambos receberam mais aporte que Marcos Mendes, único parlamentar do partido na Casa, que recebeu, em recursos, R$ 86.800.
O PL aposta suas fichas em Lázaro, não à toa ele foi indicado pelo partido para ser o vice de Bruno Reis e foi um dos fatores para que o partido saísse da base do governador Rui Costa (PT) e migrasse para o campo apoiador do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Apesar desta predileção, a sigla possui um vereador: Isnard Araújo, que recebeu R$ 63.158,78 em recursos.
O PSDB, que tem apenas Sérgio Nogueira e Atanázio Júlio na Câmara, tem como sua principal candidata Cris Correia, presidente municipal da legenda. Com a prioridade definida pelo partido, Nogueira teve de aporte disponível R$ 20.300, todo vindo de doações de pessoas físicas. Nenhum dos dois, contudo, recebeu recursos do fundo partidário. O mesmo vale para Atanázio, que obteve R$ 18.850, advindos de doações de pessoas físicas.