As eleições legislativas que acontecerão em novembro deste ano nos Estados Unidos poderão jogar de acordo com a coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, para 2023 a definição do novo embaixador americano no Brasil.
Diplomatas daquele país explicam que, se a Casa Branca não indicar um novo embaixador para o Brasil até agosto, provavelmente o Senado americano não analisará esse nome em 2022.
O argumento é que, a partir de setembro, os senadores dos Estados Unidos estarão focados na campanha para as eleições legislativas naquele país, o que inviabiliza a análise de indicações para embaixadas.
Depois de novembro, a aposta entre diplomatas americanos é que a votação das indicações de embaixadores fica para os senadores que assumirão os mandatos a partir de 2023.
Fontes do Departamento de Estado americano ouvidas pela coluna sustentam que a eleição presidencial no Brasil não teria nenhuma influência nessa definição.
Cargo vago
O posto de embaixador dos Estados Unidos no Brasil está vago desde julho de 2021, quando o diplomata Todd Chappman se aposentou. Desde então, a embaixada é comandada pelo encarregado de negócios.
Em janeiro de 2022, o governo americano chegou a indicar Elizabeth Bagley para ser a nova embaixadora no Brasil. O Senado americano, porém, não aceitou o nome dela durante votação realizada em junho.
A recusa de Bagley ocorreu após a divulgação de uma entrevista de 1998 na qual ela deu declarações sobre Israel que desagradaram republicanos e democratas defensores do país do Oriente Médio.