segunda-feira 16 de setembro de 2024
Presidente da Venezuela Nicolás Maduro em Caracas 16/8/2023 REUTERS/Leonardo Fernandez Viloria
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segunda-feira 29 de julho de 2024 às 18:41h

Eleição na Venezuela: Governo de Maduro exige retirada de diplomatas de sete países

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O governo da Venezuela anunciou nesta segunda-feira (29) a retirada de pessoal diplomático da Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai do país, bem como a saída dos seus próprios representantes nestas nações. A decisão ocorre após o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) ter declarado o presidente Nicolás Maduro vencedor das eleições realizadas neste domingo, resultado não reconhecido pelos governos dos países citados.

“A República Bolivariana da Venezuela expressa a sua mais firme rejeição às ações e declarações intervencionistas de um grupo de governos de direita, subordinados a Washington e abertamente comprometidos com os postulados ideológicos do fascismo internacional, tentando reanimar o fracassado Grupo de Lima. Estes governos tentam ignorar os resultados eleitorais das eleições presidenciais de domingo, 28 de julho de 2024, que deram a vitória a Nicolás Maduro Moros como presidente da República Bolivariana da Venezuela para o novo período constitucional 2025-203”, diz o comunicado do ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil.

No texto, é solicitado que as missões diplomáticas dos países e todo o seu pessoal deixem a Venezuela. Caracas declarou ainda que se reserva o direito de tomar medidas legais e políticas para proteger sua soberania e autodeterminação.

Em resposta, o ministro das Relações Exteriores do Chile, Alberto Van Klaveren, classificou a medida como típica de um “regime ditatorial”.

— É uma decisão lamentável e verdadeiramente inédita. Não me lembro de uma medida com essas características. Revela o isolamento em que se encontra o governo venezuelano neste momento, e é muito notável a medida que tomou — disse à CNN Chile o chanceler. — O que mais me surpreende é que uma medida dessa natureza deixa uma grande quantidade de cidadãos venezuelanos em absoluta indefensibilidade.

O resultado anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) na madrugada desta segunda-feira, com 80% das urnas apuradas, indicou a reeleição do chavista para um terceiro mandato de seis anos, com mais de 5,1 milhões de votos (cerca de 51,2%) contra 4,4 milhões (44,2%) obtidos pelo candidato opositor, Edmundo González Urrutia. A oposição denuncia não ter tido acesso a 100% das atas de votação, e contesta o resultado final, apontando que González Urrutia é o verdadeiro vencedor.

França, Espanha e União Europeia pediram “transparência total” no processo. E nove países latino-americanos exigiram a “revisão completa dos resultados eleitorais”.

Por sua vez, pouco após a divulgação do resultado eleitoral, governos aliados ou simpáticos ao regime chavista parabenizaram Maduro, reconhecendo o resultado divulgado pelo CNE. Entre os países que reconhecem a reeleição estão Cuba, Nicarágua e Rússia. A China, que mantém laços estreitos com Caracas, também parabenizou o chavista.

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