Em seu terceiro mandato como prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD) já foi algoz do PT, quando deputado federal tucano que apurava o escândalo do mensalão, em 2005 e 2006. Depois, numa guinada, construiu pelo MDB uma estreita aliança com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mais tarde abalada pela crise do PT e pelo impeachment de Dilma Rousseff. Nos últimos tempos, Paes vinha se reaproximando de Lula. Até que a montanha-russa da relação entre os dois volta a mergulhar mais nas diferenças do que nas proximidades, conforme deixa claro em entrevista exclusiva ao Valor.
“O Lula não é o fator relevante para mim nesta eleição local aqui”, afirma Paes, para quem o Estado do Rio não é, por exemplo, a Bahia, onde o petista é um cabo eleitoral determinante.