O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) apresentou sua defesa prévia na ação penal em que ele é réu por difamação contra a também deputada Tabata Amaral (PSB-SP). Os advogados de Eduardo alegam conforme Daniel Gullino, do O Globo, que a declaração que motivou a ação fez parte de “mera oposição política”.
No mês passado, o STF aceitou uma queixa-crime apresentada por Tabata. O processo foi motivado por críticas feitas a Eduardo sobre a defesa que ela fez de um projeto que tratava sobre a distribuição de absorventes. Na ocasião, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro insinuou que a deputada tentava beneficiar o empresário Jorge Paulo Lemann.
Em sua manifestação, elaborada pelas advogadas Luciana Pires e Karina Kufa, Eduardo afirma que “não há margem de dúvida de que a mensagem compartilhada não se passou de mera oposição política como parlamentar”. O deputado alega que estava apenas “manifestando, claramente, seu antagonismo ao projeto” de Tabata.
Em outubro de 2021, Eduardo compartilhou uma mensagem que dizia: “Tabata Amaral criadora da PL dos absorventes teve sua campanha financiada pelo empresário Jorge Paulo Lemann, que por coincidência pertence à empresa P&G, que fabrica absorventes”. Entretanto, a campanha de Tabata não recebeu doações de Lemann, e o empresário não tem participação na empresa P&G.
As advogadas de Eduardo afirmam que ele “limitou-se a compartilhar o print de uma imagem que circulava no ‘Whatsapp’, sem proferir qualquer comentário de cunho criminal” e que ele em “nenhum momento colocou em xeque o labor” de Tabata.
A defesa pede que o STF volte atrás na aceitação da denúncia, ou que Eduardo seja absolvido sumariamente.