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O Ministro de Estado da Cidadania, Joao Roma, discursa após sua cerimonia de posse
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sexta-feira 23 de abril de 2021 às 06:51h

“É natural que Bolsonaro tenha representatividade na Bahia em 2022”, diz João Roma

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Em entrevista à rádio Metrópole, o ministro da Cidadania, João Roma, declarou ontem que é “natural” que o presidente Jair Bolsonaro tenha “representatividade” no estado nas eleições do próximo ano. Para ele, que é especulado para ser candidato a governador da Bahia no próximo ano, há hoje uma “forte tendência de polarização” no pleito do ano que vem, ao se referir a um provável embate entre Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Eu nunca conversei com o presidente Bolsonaro sobre o palanque na Bahia, mas é natural que no próximo ano ele tenha representatividade. A minha função como ministro da Bahia é estar perto da população, que precisa enxergar a ação do governo federal. Não vou me furtar de não só de ampliar a agenda do presidente Bolsonaro na Bahia, mas de estar perto dessa população. Não tenho perfil de ser ministro de ficar trancado, estou indo buscar os brasileiros que estão sofrendo mais, fazer com que o governo federal chegue próximo dessas pessoas”, declarou.

Roma voltou a falar sobre o rompimento político e de amizade com o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM). Segundo ele, foi um momento “muito traumático”. “De fato, houve um divisor de águas quando aceitei essa missão de estar à frente do Ministério da Cidadania nesse momento importante do Brasil, onde ações emergenciais precisam ser desenvolvidas e impulsionadas. Naquele momento, de fato, houve uma forte divergência entre a minha posição e do ex-prefeito ACM Neto. Todos sabem a enorme ligação que mantivemos por cerca de 20 anos. Ele tem adotado uma postura crítica ao governo Bolsonaro, portanto, ele discordava da minha ascensão ao cargo. (…) Foi um episódio muito traumático, obviamente, teve abalos pessoais. No momento, é deixar o tempo atuar, o tempo é o senhor da razão, preciso me dedicar a essa missão que é a mais desafiante da minha vida pública”, ressaltou.

O ministro da Cidadania admitiu ainda que a relação com o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), esfriou após a quebra de laços com ACM Neto. “Naturalmente, o convívio, aquela intensidade de relacionamento que tinha até então, até pelas atribuições em Brasília, diminuiu bastante.  (…) Houve, sim, pessoalmente um distanciamento em virtude da postura adotada pelo prefeito ACM Neto pela minha ascensão ao cargo do ministério da Cidadania, mas a gente quer procurar serenar os ânimos”, afirmou.

Ontem, o prefeito Bruno Reis exonerou da gestão um nome ligado ao ex-secretário de Articulação Comunitária e Prefeituras-Bairro de Salvador, Luiz Galvão. Segundo publicação no Diário Oficial do Município, Tércio Almir Brandão Santana, saiu, a pedido, do cargo de assessor especial na Diretoria das Prefeituras-Bairro, que era comandada por Galvão. Afiliado político de João Roma, Galvão foi exonerado em fevereiro após o deputado federal licenciado aceitar o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir o comando do Ministério da Cidadania.

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