O ex-governador de São Paulo João Doria (PSDB) disse que, em uma disputa entre os dois pré-candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto até o momento, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), votaria nulo.
A afirmação foi feita em entrevista à revista Veja.
“Pela primeira vez na vida, se isso acontecer, vou anular o meu voto. Nunca votei em branco e nunca anulei”, respondeu ele ao ser questionado sobre um eventual segundo turno entre o petista e o atual presidente.
Doria também disse que não acredita em uma candidatura alternativa. “Infelizmente, o populismo de esquerda ou de direita vai vencer no Brasil, o que será desastroso para o futuro do país”, declarou.
Na semana passada, o tucano anunciou que vai voltar a trabalhar no setor privado após desistir da candidatura à Presidência da República. Ele afirmou que continuará filiado ao PSDB e, por enquanto, irá atuar como conselheiro no grupo empresarial Lide, do qual é um dos fundadores.
‘Fomos massacrados pela política’
Doria, que também é ex-prefeito da capital paulista, disse na entrevista que foi vítima da mesma rejeição que o ex-juiz Sergio Moro (União Brasil).
“Sergio Moro e eu fomos massacrados pela política. Nós não somos profissionais da área. Há os momentos em que podemos participar da vida pública e os momentos nos quais a política nos afasta da vida pública”, falou.
Ele também afirmou que espera que Moro seja eleito deputado federal pelo Paraná.
O ex-ministro iria se candidatar à Presidência pelo Podemos, mas deixou o partido pelo União Brasil. Ele tentou pleitear uma vaga ao Senado por São Paulo, porém o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) não reconheceu o vínculo de Moro com São Paulo para poder comprovar o domicílio eleitoral dele. Assim, ele não poderá se candidatar pelo estado paulista.
Ainda não está claro a qual cargo ele se lançará nas eleições deste ano.