David Neeleman, dono do grupo controlador da Azul, virou alvo nas eleições legislativas de Portugal.
Em debate, o primeiro-ministro e líder do Partido Socialista, António Costa, disse que o Estado português reestatizou a companhia aérea TAP “para prevenir precisamente que aquele privado que lá estava [Neeleman] e que não merecia confiança, não daria cabo da TAP no dia em que fosse à falência”.
Em 2020, o governo português comprou de Neeleman os 45% que possuía no capital da TAP.
Pagou 55 milhões de euros.
O dono da Azul não gostou do comentário do primeiro-ministro e retrucou numa carta, divulgada ontem pela agência Lusa: “Ao contrário do que o Dr. António Costa disse, todas as empresas de aviação que fundei foram e continuam a ser projetos de grande sucesso com valorizações consideráveis para os seus ‘stakeholders’, tendo demonstrado ser sustentáveis e resilientes o suficiente para sobreviver neste cenário de crise.”
“O Dr. António Costa” — acrescentou — faltou à verdade e com as suas declarações afetou o meu nome e a minha reputação, pelo que espero um pedido de desculpas.”
O primeiro-ministro foi lacônico na rejeição: “Era o que faltava”.