Acossado pelas acusações de Sérgio Moro e pressionado pelo STF, o bolsonarismo, até bem pouco tempo atrás senhor das agendas, se vê em rara posição desfavorável.
Segundo o Estadão, os ataques aos adversários e a radicalização quase diária são, antes de tudo, ações reativas, típicas de quem, uma vez no ringue, está nas cordas. As declarações recentes (“chegamos ao limite”) foram lidas como claros sinais de que o presidente testa apoios e constrói narrativa para descumprir decisões judiciais, dentre elas, a troca de delegados da PF em importantes inquéritos em curso.
O ex-ministro do STF, Francisco Rezek, foi mais contundente em suas críticas. Diz que até Donald Trump, a quem Bolsonaro tanto admira, não permite que “sua torcida mais exaltada” hostilize o Congresso e a Corte Suprema dos EUA.
“Os integrantes mais sensatos do governo deveriam lembrar ao presidente que ele não pode continuar procedendo como um agitador”, disse.