Após um salto nas sessões mais recentes, o dólar encerrou esta terça-feira, 6, em queda firme ante o real, abaixo dos R$ 5,70, com as cotações refletindo o ambiente de menor estresse nos mercados globais e a ata do último encontro do Copom, com indicações de que a Selic pode subir no curto prazo se necessário.
Depois de encerrar a segunda-feira no maior valor desde 20 de janeiro de 2021, o dólar à vista fechou a terça-feira em queda de 1,44%, cotado a R$ 5,6588. Em agosto, a moeda norte-americana passou a acumular alta de 0,05%.
Às 17h03, na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,17%, a R$ 5,6690 na venda.
Já o Ibovespa fechou em alta nesta terça-feira, com as ações de bancos entres os destaques positivos, com Bradesco ainda embalado pela repercussão positiva ao balanço divulgado na véspera, enquanto Itaú reporta seu resultado após o fechamento.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 0,86%, a 126.345,63 pontos, de acordo com dados preliminares, apoiado ainda na melhora do cenário externo, com Wall Street fechando com ganhos ao redor de 1%.
Durante a sessão, o Ibovespa marcou 126.966,28 pontos na máxima e 125.261,37 pontos na mínima. O volume financeiro no pregão somava R$ 20,3 bilhões antes dos ajustes finais.
Juros futuros sobem após ata do Copom
As taxas dos DIs fecharam a terça-feira em alta firme, com a percepção de que a ata do Copom adotou um tom mais duro ao tratar do combate à inflação e com o avanço dos rendimentos dos Treasuries, em um dia de alívio para os mercados globais após o estresse da véspera.
Com o movimento, a curva de juros brasileira voltou a precificar chances majoritárias de que a taxa básica Selic, hoje em 10,50% ao ano, possa subir já em setembro.
No fim da tarde desta segunda-feira, a taxa do DI (Depósito Interfinanceiro) para janeiro de 2025 — que reflete a política monetária no curtíssimo prazo — estava em 10,7%, ante 10,585% do ajuste anterior. Já a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 11,535%, ante 11,227% do ajuste anterior, enquanto a taxa para janeiro de 2027 estava em 11,675%, ante 11,439%.
Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2031 estava em 11,84%, ante 11,795%, e o contrato para janeiro de 2033 tinha taxa de 11,84%, ante 11,808%.