O dólar fechou em forte baixa ante o real nesta quinta-feira (2) com as cotações reagindo, na volta do feriado, às mensagens de política monetária do Federal Reserve (Fed) e à decisão da Moody’s de melhorar a perspectiva de classificação de crédito do Brasil.
A moeda norte-americana à vista fechou o dia cotada a R$ 5,1135 na venda, em baixa de 1,53%. Foi o maior recuo percentual em um único dia desde 23 de agosto do ano passado, quando cedeu 1,63%. Em 3 de novembro do ano passado, o dólar também havia recuado 1,53%. Veja a cotação do dólar hoje.
Enquanto isso, o índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa, subiu 1,1%, a 127.313,04 pontos, de acordo com dados preliminares. Na máxima do dia, chegou a 127.670,16 pontos.
Cenário
De modo geral, as mensagens do Fed e de Jerome Powell, chefe do BC dos EUA, foram avaliadas positivamente e trouxeram certo alívio para a curva de juros norte-americana, que passou por forte queda na quarta-feira, em um movimento que se refletiu no mercado brasileiro nesta quinta.
O movimento foi intensificado pela notícia de que a Moody’s reafirmou a classificação de risco de crédito do Brasil em Ba2, mas alterou a perspectiva do país de “estável” para “positiva”, citando um PIB mais robusto e um progresso contínuo – embora gradual – em direção à consolidação fiscal.
Além da manutenção dos juros nos EUA e da decisão da Moody’s, Anderson Silva, head de renda variável e sócio da GT Capital, cita a temporada de balanços que se inicia aqui no Brasil com algumas das principais empresas do Ibovesoa apresentando resultados pouco abaixo do esperado, conforme o esperado ou até acima do esperado pelo mercado”, ajudando as ações.
“Além disso, com um maior controle da nossa inflação graças a manobras bem acertadas do BC, vemos as curvas futuras de juros arrefecendo e dólar diminuindo o viés de alta na semana”, complementa.