Distribuidoras de combustíveis estão reclamando segundo o canal CNN Brasil, sobre restrições na oferta de diesel em diferentes regiões do país.
Os relatos foram colhidos pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), em consultas informais desde a semana passada.
Os entraves na distribuição, que não chegam a ser uma falta de abastecimento, foram relatados em postos em Rondônia, Pará, Tocantins, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
O presidente da Abicon, Sérgio Araújo, atribui a falta de diesel à nova política de preços da Petrobras, que mantém os valores do mercado interno congelados há cerca de 80 dias, desestimulando as importações.
A diferença entre o diesel vendido no Brasil e no exterior já chega a R$ 1,29 por litro.
Em nota, a Petrobras informou que “está cumprindo integralmente suas obrigações contratuais que assumiu junto às distribuidoras”.
Disse ainda que o mercado brasileiro não é atendido só pela estatal, mas “também por distribuidoras, importadores, refinadores, formuladores, que têm plena capacidade de atender demandas adicionais.”
O diesel s-10 é utilizado no transporte de carga, de passageiros e na geração de energia.
Defasagem no preço do diesel
Os números divulgados pela Abicom mostram como está o cenário de defasagem nos preços do óleo diesel.
Em um comunicado, a associação mostra que há uma distorção nos preços praticados hoje pela Petrobras, uma vez que o Brasil precisa deste produto vindo de importação, pois não é autossuficiente em diesel e gasolina.
Os gráficos abaixo mostram essas diferenças entre os preços. Os dados são uma monitoramento dos preços praticados pela Petrobras na comparação com os Preços de Paridade de Importação, ou seja, quanto custa para comprar o combustível no mercado internacional.