O discurso controverso do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, no Dia Internacional da Democracia, celebrado no último domingo (15), gerou uma série de críticas nas redes sociais. O magistrado fez menção ao período da ditadura militar, iniciado em 1964, e citou cerceamentos das liberdades, presos políticos, exilados, e semelhança do cenário da época com o atual momento em que o Brasil atravessa motivou estas reações.
– Quando eu estava na faculdade, em outra vida, na segunda metade dos anos 70, havia censores nas redações dos jornais. Todas as músicas, antes de serem divulgadas, tinham que ser previamente submetidas ao departamento de censura. Havia presos políticos e pessoas que denunciavam torturas. Havia muitos brasileiros no exílio. Isso que é uma ditadura – disse Barroso.
O presidente da Suprema Corte comemorou a conquista da democracia constitucional no Brasil.
– Felizmente, na virada do século 20 para o 21, nós, finalmente, com atraso mas não tarde demais, conquistamos a democracia constitucional no Brasil. A democracia constitucional foi a ideologia vitoriosa do século 20, tendo derrotado todas as alternativas que se apresentaram: o comunismo, o fascismo, o nazismo, os regimes militares e os fundamentalismos religiosos – destacou.
Barroso declarou também que “é uma bênção poder viver em um país livre” e classificou democracia como um conceito que traz consigo a soberania popular e eleições, ao mesmo tempo em que apresenta o poder limitado, Estado de Direito e a garantia dos direitos fundamentais.