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quinta-feira 27 de maio de 2021 às 11:18h

Diretor do Butantan diz à CPI que ‘percalços’ com o governo federal impediram país a ser o primeiro a vacinar

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O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse nesta quinta-feira (27) na abertura de seu depoimento à CPI da Covid que o Brasil poderia ter sido o primeiro país do mundo a iniciar a vacinação contra a doença. Segundo o Globo News, isso não ocorreu, segundo ele, por causa de “percalços” no fechamento do contrato entre o instituto e o governo federal e também devido ao que ele chamou de demora da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) na aprovação do uso emergencial de vacinas.

Assista:

A CoronaVac, vacina produzida pelo instituto em parceria com o laboratório chinês SinoVac, foi motivo de intensa disputa política entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo, João Doria. O Butantan é ligado ao governo estadual. Bolsonaro desdenhou a CoronaVac ao longo de 2020 e chegou a dizer que o governo federal não compraria o imunizante.

O contrato acabou sendo firmado em janeiro de 2021, seis meses depois que o Butantan fez a primeira oferta. Hoje, a CoronaVac é a vacina contra a Covid que mais foi aplicada no Brasil.

“O mundo começou a vacinar no dia 8 de dezembro. No final de dezembro, o mundo tinha aplicado mais de 4 milhões de doses, e tínhamos no Butantan 5,5 milhões, e mais 4 milhões em processamento. Sem contrato com o ministério. Nos podíamos ter começando antes? O Brasil poderia ter sido o primeiro pais do mundo a iniciar a vacinação, se não fossem esses percalços, tanto contratuais como de regulamentação”, afirmou Dimas Covas.

Ele disse que o Butantan poderia ter entregue 100 milhões de doses para o governo federal até este mês de maio. Pela demora na assinatura do contrato, o prazo teve que ir para setembro, segundo o diretor do Butantan.

Dimas Covas é a décima pessoa a prestar depoimento à CPI. O médico e pesquisador será ouvido na condição de testemunha, tendo que se comprometer a dizer a verdade, sob o risco de incorrer no crime de falso testemunho.

Dificuldades impostas pelas ‘redes sociais’

Dimas Covas também disse que ataques contra a CoronaVac nas redes sociais dificultaram a obtenção de voluntários para testes nos estágios iniciais do desenvolvimento do imunizante.

“Em outubro, tivemos dificuldade com o estudo clinico, a velocidade de entrada e voluntários, porque nesse momento havia um ambiente conturbado, um combate mto exacerbado a essa vacina nas redes sociais. Inclusive há um estudo que mostra o efeito dessa discussão midiática em cima do desenvolvimento da vacina”, afirmou o diretor do Butantan.

Temas do depoimento

Além da relação do governo federal com o Butantan e eventuais entraves gerados por atitudes do governo para a produção da CoronaVac, outros temas de questionamentos para Dimas Covas devem ser:

  • a política externa brasileira e ataques de autoridades a China atrapalharam a importação da matéria-prima necessária para a produção da CoronaVac;
  • houve inação ou omissão por parte do Ministério da Saúde em algum momento do processo de produção do imunizante;
  • o governo Bolsonaro ofereceu resistências ao trabalho do Butantan;
  • em que estágio está o desenvolvimento da ButanVac, candidata do instituto para ser uma nova vacina contra a Covid-19.

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