A decisão de ACM Neto nesta última sexta-feira (6) será difícil de prever as reais consequências para a oposição na Bahia. Já pelos áudios de ‘indignação’ dos políticos aliados na capital e no interior que nós da imprensa temos recebido via whatsapp, percebe-se como ficou complicado para o neto de Antônio Carlos Magalhães, principalmente para seu grupo político, que viu o seu ‘Capitão’ abandonar o navio antes de todos os passageiros e tripulantes.
Para Neto, pessoalmente ficou muito ruim. Um retrocesso em uma carreira que parecia notável. Ele se elegeu deputado federal por duas vezes, está no segundo mandato de prefeito de Salvador, mas muito mais que isso, nessa curta trajetória chegou a condição de principal líder da oposição na Bahia e no último dia seis meses antes da eleição, jogou a toalha e desistiu de sair candidato gerando um efeito ‘dominó’ na política do estado.
Agora vemos a pulverização de candidatos dos partidos que eram seus aliados. O MDB sairá com João Santana, PSDB com João Gualberto e outros que fazem oposição ao governo de Rui Costa (PT). Ainda que consiga reunir aliados para montar uma chapa alternativa ao governo, a ausência de Neto traz aos eventuais substitutos a chancela do medo e da derrota.
A decisão de Neto gerou decepção e frustração entre seus seguidores, admiradores e correligionários. Mas a resposta dessa pessoal atitude está agora no ‘tempo’ e só o tempo decidirá sobre a carreira política do prefeito de Salvador.