Dois desembargadores do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) estão entre os dez magistrados brasileiros que mais receberam por férias não usufruídas. Outros seis são do Poder Judiciário de Tocantins, e os dois restantes integram a Justiça do Trabalho de Minas Gerais e de Campinas (SP). As Cortes gastaram pelo menos R$ 2,42 bilhões em quatro anos.
O levantamento foi publicado e realizado pelo UOL, a partir de dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), referentes ao período de setembro de 2017 a setembro de 2021. No Brasil, juízes têm direito a 60 dias de inatividade e podem pedir indenização pelos dias pendentes, ou seja, vender parte das férias. Portanto, não há ilegalidade.
No período, segundo o levantamento, oito magistrados receberam mais de R$ 1 milhão. O presidente do TJGO, desembargador Carlos Alberto França, recebeu R$ 940 mil e o desembargador aposentado Orloff Neves Rocha, R$ 980 mil.