Os deputados Pastor Eurico (Patri-PE) e Onyx Lorenzoni (DEM-RS) foram hoje (28) ao Supremo Tribunal Federal (STF) prestar depoimento como testemunhas de defesa do deputado e candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL-RJ), nas ações penais em que ele é réu por injúria e incitação ao estupro.
Com o depoimento dos deputados, os dois processos encaminham-se para seu desfecho, restando apenas o interrogatório de Bolsonaro e as últimas alegações das partes para que o caso possa ter seu julgamento final no Supremo. Isso ocorrerá somente depois que o relator do processo, ministro Luiz Fux, concluir seu voto e o encaminhar aos demais ministros.
Defesa de Maria do Rosário
Após as audiências, o advogado Cezar Britto, que representa Maria do Rosário no processo, disse que o STF já relativizou o estatuto da imunidade parlamentar, que não abrangeria o crime de injúria. “A imunidade parlamentar não é habeas corpuspreventivo para cometer crimes”, afirmou o defensor.
“Eles [testemunhas de Bolsonaro] não contribuíram para elucidar o fato porque não estavam presentes”, avaliou Brito. “Trouxeram mais opiniões pessoais”, acrescentou. Os representantes da defesa de Bolsonaro saíram sem falar com a imprensa.