‘Queremos reforma da Previdência, mas não a reforma que vai prejudicar o pobre’, diz o presidente de uma Assembleia na região
Alguns números foram expostos no IV Encontro dos Presidentes das Assembleias do Nordeste, o ParlaNordeste, realizado em Salvador na sexta-feira (7). Para deixar claro um fato: se a reforma da Previdência passar como o governo propôs, para os nordestinos será um desastre, afirmou o colunista Levi Vasconcelos no A Tarde.
Dados
Na publicação, o colunista afirma que São Paulo sozinho tem um PIB de R$ 1,349 trilhão, dados do IBGE. É quase duas vezes e meia a mais do que os nove estados nordestinos juntos; oito vezes e meia maior do que os R$ 159 bilhões da Bahia, o oitavo do País e primeiro do Nordeste; 13 vezes mais do que Pernambuco, 10º do Brasil e segundo do Nordeste; e 56 vezes mais do que o Piauí, o mais pobre entre os nordestinos.
Fonte de renda
Nelson Leal (PP), presidente da AL-BA, anfitrião do encontro, sintetizou a questão:
“Veja o caso do BPC (benefício da prestação continuada, concedida a incapacitados por doenças e afins). O governo quer reduzir de um salário mínimo para R$ 400. Mais que um problema social, vai nos criar um gravíssimo problema econômico”, disse Leal.
Themístocles Filho (MDB), presidente no Piauí, diz que o estado arrecada R$ 10 bilhões por ano e gasta com a Previdência R$ 1 bilhão.
“Queremos reforma da Previdência, mas não a reforma que vai prejudicar o pobre. O governo despeja mais recursos na economia, via a Previdência dos pobres, do que de FPM para os municípios. A sangria não está aí”.
Em suma, esse é o tom principal da Carta de Salvador.