Um deputado federal por Tocantins propôs uma medida drástica sobre as pesquisas eleitorais. Ricardo Ayres (Republicanos-TO) quer proibir segundo Igor Gadelha, do Metrópoles, a divulgação dos levantamentos durante as campanhas.
O motivo, segundo o parlamentar em sua justificativa, é impedir “a influência indevida de que os resultados dessas pesquisas podem exercer sobre o eleitorado”.
Em caso de descumprimento, o deputado propõe multa que varia de R$ 500 mil a R$ 2 milhões, além da possibilidade de o Tribunal Superior Eleitoral cassar a certificação de empresas que divulgarem sondagens de voto.
“As pesquisas eleitorais desempenham um papel importante na democracia, fornecendo informações sobre tendências e preferências eleitorais. No entanto, quando divulgadas em massa durante o período eleitoral, podem distorcer o debate público e influenciar indevidamente o voto dos cidadãos. Pesquisas com metodologias falhas ou com interesses questionáveis, mesmo que registradas, podem ser usadas de maneira estratégica para criar percepção equivocada de vantagens ou vantagens entre candidatos”, aponta.
O congressista, no entanto, abre exceção para as pesquisas internas. De acordo com a proposta, os levantamentos feitos dentro das próprias campanhas podem continuar acontecendo.
Só nesta semana, é o segundo projeto contra pesquisas eleitorais protocolado no Congresso Nacional. Como mostrou o Metrópoles, na coluna Paulo Cappelli, o senador Ciro Nogueira (PP-PI) também apresentou PL sobre o tema.
Em seu projeto, Nogueira pede punição para institutos de pesquisa de intenção de votos que apresentarem, na semana das eleições, levantamentos com resultados muito divergentes da contagem oficial.