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quarta-feira 2 de outubro de 2019 às 06:23h

Deputado do PT é hostilizado em avião e agressor é detido pela PF

POLÍTICA


O deputado José Guimarães (PT-CE) foi hostilizado na noite de segunda-feira (30) durante voo com destino a Brasília, onde cumpriria agenda na Câmara dos Deputados. Foi chamado de “corrupto” e “capitão cueca” por 1 dos passageiros que sentava ao seu lado no avião.

O responsável pelos insultos, Gilberto Alves Junior, gravou todo o momento em que disparava agressões contra o deputado. O homem, em seu perfil no Facebook, tem imagens de apoio ao presidente Jair Bolsonaro.

“Eu estou do lado do capitão cueca, que foi pego dinheiro com dinheiro na cueca. O Zé Guimarães do PT, que roubou o Brasil inteiro, mandou dinheiro pra Cuba”, disse.

O deputado permaneceu calado diante da fala do agressor, que disse que o vídeo seria “viralizado”.

“Cadê o dinheiro que estava na cueca? Se defenda. É contigo mesmo, deputado, que eu estou falando. Não vai se defender não? O senhor não tem vergonha de roubar o Brasil, não? é bem-vindo em Brasília, não. Em Brasília, político vagabundo não é bem-vindo”, continuou o agressor.

Ao fim do vídeo, o deputado diz que vai processar o homem, que respondeu: “Meta processo, rapaz, que eu quero ver você na cadeia junto com o Lula”.

Ao desembarcar do avião, o homem foi conduzido à sede da PF (Polícia Federal) no Aeroporto Internacional de Brasília, segundo o deputado. Procurada pelo site Poder360, a PF ainda não deu detalhes sobre a detenção de Gilberto Alves Junior.

No Twitter, o deputado José Guimarães disse nesta terça-feira (1º) que as informações ditas no episódio e disse que as ofensas disparadas contra ele tratam-se de fake news.

“O vídeo em que fui covardemente agredido é repleto de fake news. Jamais fui preso e não estive envolvido quando um assessor foi pego com dinheiro no aeroporto de Congonhas em 2005”, disse o deputado no Twitter, depois de o vídeo vir à tona nas redes sociais. “Eu, inclusive, fui inocentado da acusação de improbidade administrativa, em 2012, pelo STJ”, completou.

O deputado disse ainda que sua assessoria jurídica tomará medidas cabíveis em relação ao vídeo e aos ataques do homem.

“Ataques como o que ficou registrado em vídeo jamais serão tolerados por aqueles que repudiam a política do ódio, que pauta discursos com base em mentiras alardeadas sem a mínima responsabilidade. Assim sendo, minha assessoria jurídica coletará todos os ataques virtuais que sofri, a fim de que as medidas cabíveis tomem forma. Produzir ou contribuir com a disseminação de fake news é crime! Continuaremos firmes, realizando o bom combate, sempre ao lado do povo brasileiro”, afirmou.

A liderança do PT na Câmara dos Deputados publicou um vídeo no Twitter também para impedir que as informações ditas pelo homem no vídeo repercuta como fake news. No vídeo, de “esclarecimento à sociedade”, o caso em que, em julho de 2005, um assessor de José Guimarães foi preso no aeroporto de São Paulo, em caso em que o deputado era acusado por improbidade administrativa. Depois de 7 meses de investigação, José Guimarães foi absolvido por falta de provas.

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