O deputado estadual Vitor Bonfim (PV) defendeu a extensão do Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd) para todas as escolas das redes de ensino pública e privada do Estado da Bahia. Em indicação enviada ao governador Jerônimo Rodrigues, ele defendeu ainda que o programa seja utilizado como reforço da força de segurança dos policiais militares da reserva.
O Proerd, desenvolvido pela Polícia Militar, tem como objetivo prevenir o uso de drogas e todas as formas de violência entre crianças e adolescentes do ensino fundamental nas instituições de ensino. Criado originalmente em 1983 nos Estados Unidos pela polícia de Los Angeles, o programa se expandiu para vários países, chegando ao Brasil em 1992 e tendo sua efetiva implantação na Bahia em 2005.
“Na Bahia, o programa é ministrado por policiais militares especialmente treinados e capacitados para atuarem em um esforço cooperativo com educadores, estudantes, pais e a comunidade, através de uma cartilha que abrange métodos de ensino infantil, tratamento de dependência de drogas e noções de toxicologia para abordagem de questões sensíveis aos alunos”, explicou Vitor Bonfim, no documento já protocolado na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
Para ele, no ensejo da reintegração dos Policiais Militares da reserva ao serviço ativo, promovida pelo governo do estado da Bahia neste ano, a utilização dessa força de segurança revela-se como um recurso essencial para fortalecer significativamente a capacidade de atendimento e a abrangência do Proerd. O parlamentar salientou que a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, realizada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que 13,0% dos escolares de 13 a 17 anos já haviam usado alguma droga ilícita em algum momento da vida. O estudo também revelou que 4,3% dos estudantes já usaram droga ilícita com 13 anos ou menos. “É nesse contexto que as ações de prevenção, como o Proerd, têm um papel extremamente relevante nesse combate”, afirmou o deputado, ao justificar a medida. “Esse programa busca, por meio de abordagens educativas e interativas, instigar o desenvolvimento de habilidades psicossociais que fortaleçam esses jovens diante das pressões e desafios relacionados ao consumo de substâncias ilícitas e à prática de atos violentos, aumentando a experiência positiva na escola e ajudando na tomada de decisões”, concluiu.